Três repórteres, um blog e poucas postagens... =D
6 de dezembro de 2009
4 de dezembro de 2009
29 de novembro de 2009
27 de novembro de 2009
22 de novembro de 2009
21 de novembro de 2009
17 de novembro de 2009
A fila, como sempre, é grande. Parte do empenho que todo avaiano precisa enfrentar para ver seu time em campo. Porém, no último domingo, acho que estava um pouco maior. Não é todo dia que a ressacada recebe 16 mil espectadores. O jogo contra o corinthians adquiriu grande rivalidade após a série b do ano passado, principalmente pela confusão entre os jogadores. Em 2009, no turno, 0x0 com alguns impedimentos que prejudicaram o leão. Contudo, todas essas partidas foram marcadas por bons jogos, deveras disputados.
Ao entrar no setor b, noto a parte destinada aos visitantes lotada. Imaginei que não caberia mais ninguém, porém faltando uns 15 minutos para o início do jogo chegam cinco ônibus da gaviões da fiel. A galinhada veio em peso, um sério risco à segurança pública da cidade. Brincadeira, é só para não perder a piada. Fizeram uma bonita festa, e ainda tiveram que escutar "silêncio" da massa azurra
A partida pode ser resumida da seguinte forma: o avaí jogou 70 minutos, o timinho 20. Apagado, ronaldo mais reclamou do que participou. Felipe evitou um fiasco maior, enquando caio e willian jogaram tudo que sabem. Festa na ilha, pintada de azul e branco com mais uma façanha da equipe montada por silas. Parabéns, avaí.
ps. não há como esconder que eu preferia não escrever essa ladainha toda e simplesmente dizer: toma gambazada! Mas é melhor manter o foco jornalístico, senão é capaz que não arrume emprego mesmo.
7 de novembro de 2009
2 de novembro de 2009
Há vida aqui???
15 de outubro de 2009
6 de outubro de 2009
3 de outubro de 2009
29 de setembro de 2009
A porta do elevador abre. Olham-se, mas não é como das outras vezes. Ficara uma espécie de respeito, um respeito mútuo pelo que um tinha feito pelo outro. Pelo que nunca mais um faria pelo outro. "Oi", "oi". Ela segue para o sonhado futuro tentanto esquecer o que deixou para trás, enquanto ele sobe tentando lembrar onde estão as chaves do carro.
22 de setembro de 2009
19 de setembro de 2009
17 de setembro de 2009
exportados
1° - Kaká - Real Madrid (ESP) - R$ 2 milhões por mês
2° - Robinho - Manchester City (ING) - R$ 1,6 milhão
3° - Diego - Juventus (ITA) - R$ 1,5 milhão
4° - Ronaldinho Gaúcho - Milan (ITA) - R$ 1,4 milhão
5° - Deco - Chelsea (ING) - R$ 1,3 milhão
6° - Rivaldo - Bunyodkor (UZB) - R$ 1,1 milhão
7° - Roberto Carlos - Fenerbahce (TUR) - R$ 992,9 mil
8° - Cris - Lyon (FRA) - R$ 926,7 mil
9° - Dida - Milan (ITA) - R$ 882,5 mil
10° - Doni - Roma (ITA) - R$ 882,5 mil
brasileirão
1° - Ronaldo - Corinthians - R$ 794,3 mil por mês
2° - Adriano - Flamengo - R$ 374,9 mil
3° - Fred - Fluminense - R$ 317,7 mil
4° - Dodô - Fluminense - R$ 211,8 mil
5° - Fabão - Santos - R$ 211,8 mil
6° - Kléber Pereira - Santos - R$ 211,8 mil
7° - Edmílson - Palmeiras - R$ 195,1 mil
8° - Leandro Amaral - Fluminense - R$ 185,3 mil
9° - Kléberson - Flamengo - R$ 164,1 mil
10° - Zé Roberto - Flamengo - R$ 164,1 mil
1°- Ronaldo - Corinthians - R$ 1.133.000
2°- Adriano - Flamengo - R$ 362.000
3°- Nilmar - Internacional - R$ 360.000
4°- Fred - Fluminense - R$ 350.000
5°- Leandro Amaral - Fluminense - R$ 280.000
6°- Kléber - Cruzeiro - R$ 280.000
7°- Thiago Neves - Fluminense - R$ 270.000
8°- Edmílson - Palmeiras - R$ 240.000
9°- Rogério Ceni - São Paulo - R$230.000
10°- Washigton - São Paulo - R$ 220.000
16 de setembro de 2009
Mas...tentemos reverter isso, então. E não é que a dona brabuleta combinou com este blog?
2 de setembro de 2009
Propaganda barata
31 de agosto de 2009
26 de agosto de 2009
23 de agosto de 2009
Por um jornalismo mais rock n' roll
20 de agosto de 2009
18 de agosto de 2009
Celulares grátis: alerta
15 de agosto de 2009
13 de agosto de 2009
9 de agosto de 2009
boa memória
E, nesta semana, textinho novo e foto nova para vocês todos que passam por aqui de vez em quando.
Aguardem.
Beijos a quem é de beijos e abraços a quem é de abraços.
4 de agosto de 2009
31 de julho de 2009
As quatro mesas ficam dispostas como um quadrado: à minha esquerda quatro senhoras jogam canastra, inclusive com um tampo extra com forro de tecido verde; à direita três mulheres que não me parecem ter muito o que fazer; na diagonal uma garota.
Sozinha, tem à frente uma pasta, folhas, desenha. Usa casaco preto sobre blusa listrada em preto e verde. Um case de violão encostado na parede, de certo ela toca também. Diria que faz faculdade de moda, porém quiçá plásticas. Tem all-star vermelho e brincos distintos em cada orelha. Seu telefone toca. Ela fala inglês, qualquer coisa que não entendo e não escuto, se arruma e sai. Despede-se de umas das três moças, em português. Pena que saiu, outrora poderia até pedir-lhe para ocupar a mesa. Entendo a mulher dizer para as amigas que ela chama-se tiffany e vive aqui. Tiffany. Não seu se é assim que se escreve, só sei que é seu nome e que mora aqui. Já é alguma coisa.
30 de julho de 2009
22 de julho de 2009
16 de julho de 2009
Muito além da objetividade
Mas 70 anos depois do início do conflito, muita coisa mudou no mundo. Se antes era preciso esperar semanas por uma carta de uma pessoa no outro lado do mundo para se obter notícias, hoje, com um celular, podemos falar de qualquer lugar para os pontos mais remotos do planeta. Da mesma forma, os jornais que circulavam de maneira restrita em algumas cidades, agora estão em todo o mundo, através da internet.
As novas tecnologias não abriram as portas apenas para notícias produzidas por profissionais nas redações. Ferramentas como o blog, o Twitter ou os podcasts, acabaram com todas as barreiras impostas pela mídia. Desde o advento da internet, qualquer um pode cobrar da prefeitura a pavimentação de uma rua, avisar outras pessoas que o trânsito está complicado numa determinada via ou mesmo denunciar um caso de corrupção que eventualmente tenha presenciado.
E nada disso é feito se observando as regras dos manuais de redação. As pessoas falam a todos com a sua linguagem característica, usando suas gírias e jargões. Não são raros também os casos em que até as regras gramaticais são deixadas de lado.
No outro lado da história, ainda sobrevivem os jornais, rádios e televisões convencionais. Com suas regras e padrões ultrapassados, eles ainda resistem de alguma maneira ao surgimento de todas essas ferramentas. E os jornalistas, operários quase sempre apáticos, pouco ou nada fazem para mudar a visão dos patrões sobre essas mudanças e a necessidade de se observar o mundo de maneira diferente, dando mais espaço e voz aos leitores, buscando neles formas de continuar existindo nos próximos anos.
Nos veículos tradicionais, a interatividade do receptor com os produtores da notícia se resume a pequenos espaços de cartas, sempre muito bem selecionadas, ou a promoções em rádios e televisões e programas de auditório, cujos espectadores saem do conforto de suas salas para assistirem, ao vivo uma gravação que dura toda uma tarde. A resistência à mudança é tal, que até o lugar onde as pessoas se sentam nos estúdios obedece a mesma disposição que eles teriam nas suas telas. Fica na frente o apresentador e, por trás da linha das câmeras, um público que aplaude, vaia, chora e ri ao comando de uma placa luminosa.
Isso é completamente diferente nas novas mídias. Agora, o leitor, ouvinte ou telespectador interage no conteúdo, torna-se parte dele também. O eventual caso de corrupção citado acima pode receber diversos exemplos e visões distintas de quem visita um blog. Até mesmo os envolvidos no caso podem tentar se explicar e, ali mesmo, serão julgados por outros comentadores. Há espaço para uma democracia midiática jamais vista nas novas tecnologias.
Aí pensamos um pouco: se essas tecnologias são todas eletrônicas, os veículos impressos acabarão? É claro que não. Assim como as rádionovelas não acabaram com os livros e nem as televisões acabaram com o rádio. A sobrevivência dos meios está numa outra maneira de pensar e fazer os conteúdos. Na história recente dos meios de comunicação de massa, percebemos que sempre quando surgia uma nova tecnologia, a anterior se adaptava a ela e tentava sobreviver. Foi esse o motivo das notícias necessitarem, lá na segunda guerra, de todas aquelas premissas que comentamos. Pela rapidez do rádio, achou-se que os textos dos periódicos não poderiam mais ser tão extensos e parciais, cheios de detalhes e floreios estilísticos. Tudo precisaria ser mais ágil.
Agora, a agilidade chegou ao seu ápice e, novamente, quem está atrás precisa se modificar. No caso do jornalismo, a volta da personalidade nos textos pode ser uma boa saída para atrair novos leitores. Quem lê diariamente às pressas um jornal ou uma revista, pode imaginar que todas as matérias foram escritas pelas mesmas pessoas, pois eles ainda seguem os manuais e tudo acaba ficando muito homogêneo.
Tirando os colunistas, o público já não se identifica mais com este ou com aquele jornalista, pois eles não escrevem mais para alguém, como ocorria nas publicações antigamente. Os repórteres também não escrevem para si, pois os textos são mornos, sem paixão. As perguntas clássicas de uma matéria ao estilo americano – O que? Quem? Quando? Onde? Como? Porque? – são respondidas sempre da mesma forma. Os receptores lêem a notícia e nem se dão conta dos interesses que podem estar embutidos numa determinada pauta. Não há espaço para discussão.
Reproduzir fielmente o que acontece não é o papel de um jornalista. Sua missão é fazer com que o público interaja com conteúdo levando às discussões com os amigos, no trabalho, no bar, aquilo que um jornalista o informou em suas matérias. A personalidade de um texto atrai o leitor do início ao fim da matéria, seja no rádio, TV ou mídia impressa. É através dela que o leitor poderá avaliar a qualidade do que está lendo, ficar curioso sobre o assunto, buscar outras referências, mandar cartas e e-mails para as redações, supervisionar e se tornar fiel a alguma publicação. Isso traz o leitor para dentro da redação e o transforma também em protagonista da notícia e não um mero espectador apático.
Experiências como conselhos de leitores mostram que muitos se interessam pelas publicações e chegam até a brigar com editores por causa do conteúdo de determinadas matérias publicadas. Mas não é o suficiente. É preciso que as pessoas se identifiquem com o conteúdo e, por mais distante que um assunto possa parecer de sua realidade mais próxima, uma matéria bem escrita, bem argumentada e bastante pessoal - no sentido da experiência vivida pelo repórter durante a produção – faz com que o leitor entenda que quem escreveu é, como ele, também um ser humano.
14 de julho de 2009
10 de julho de 2009
Espero até 10 horas andando pelo local, por sinal bem interessante, e ouvindo músicas chatas em alto volume. Com um atraso duns 12 minutos a banda cê sobe ao palco, por último caetano com um agasalho cinza e calça azul. Segue-se então uma hora e meia de show, tocando seu último álbum "zii e zie" quase inteiro, mas também trem das cores, força estranha e objeto não identificado. Caê não cança de apresentar os excelentes músicos que o acompanham, marcelo callado (bateria), ricardo dias gomes (baixo/teclado), e o amigo de seu filho moreno, pedro sá (guitarra). Pedro, inclusive, acompanha-o desde "noites do norte", lançado em 2000. Várias vezes vai até o fundo do palco, quase atrás da bateria, deixando à platéia seus pupilos. A ótima surpresa do show foi quando tocaram água, de kassin+2. Além, o cantor baiano lembrou tarado, parceria sua com jorge mautner, presente no disco "eu não peço desculpa".
Já a parte negativa do espetáculo ficou por conta da platéia, que tem dinheiro para pagar o ingresso do show mas não educação para assisti-lo. Durante todo tempo um falatório incessante; pessoas tirando fotos (próprias, para por no orkut talvez); tomando espumante, fazendo barulho. Como valéria rivoire colocou muito bem no dc de hoje, portavam-se como numa churrascaria, e caetano no palco fosse um detalhe. O floripa music hall é interessante, seu público uma lástima. Até bêbado chato, tipo esses de jogo de futebol, tinha.
Por mais que eu não soubesse todas as canções do "zii e zie", sabia que a apresentação era esta e estas as músicas tocadas. Todavia, os "grã-finos" presentes pareciam ter ido lá para ver um caetano vida e obra. Ora, quer escutar sucessos, compre uma coletânea e fique em casa. Se saio de casa para ver o caetano, é para chegar no local, vê-lo e ir embora. Não para discutir coisas supérfluas, comer batata frita ou qualquer coisa do tipo.
Imagino que essa falta de interação interferiu um pouco, resultando quiçá no mini-bis com apenas três músicas. Terminado o show, caetano e os músicos mal ficaram no camarim, seguindo direto para o hotel. Uma pena. Queria dizê-lo que gostei da apresentação e mandar um recado para moreno, domenico e kassin: por favor, toquem em florianópolis!
6 de julho de 2009
3 de julho de 2009
30 de junho de 2009
26 de junho de 2009
Não podia deixar de contribuir coa cobertura do blog. Entretanto, deixo apenas uma lembrança do cara que dançava como ninguém faz igual. Estava entre duas músicas para colocar aqui: o balanço de "rock with you" ou a clássica calçada luminosa de "billie jean". Como o samuel já colocou uma, deixo a ótima "rock with you", do dançante álbum off the wall, de 1979, que "só" vendeu 11 milhões de cópias.
Michael Jackson - a lenda
Até o momento, além da avalanche de sites e blogs tratando do assunto, duas informações já me chamam a atenção. Segundo o site da MTV Brasil, 30% de todos os posts do Twitter falam sobre Michael Jackson. Outra informação é que menos no momento em que escrevo isto, seis entre os 10 álbuns mais vendidos no iTunes, da Apple, são do cantor. A mesma proporção também para videoclipes baixados no programa. Não duvido que pela manhã ele esteja sozinho em ambas as listas. Jogada de marketing? Talvez, veremos quem vai capitalizar mais com a notícia.
Para os fãs de plantão da MTV (há tempos, já não sou mais um deles), ficam três vídeos que me assustaram. Penélope Nova dando a notícia em seu programa ao vivo, MTV na Rua. Que coisa bizarra. Até entendo o choque com o fato, mas convenhamos que foi absolutamente sem noção. Prestem atenção na platéia que fica sem ação, duvidando do que ela diz. Ao fundo, ouvem-se reclamações pela forma como a apresentadora trata o assunto. E ainda tem gente contra o diploma de jornalismo... Façam-me o favor.
25 de junho de 2009
Por um jornalismo mais rock n' roll (luto)
Aos 50 anos, o maior artista pop da história deixa o mundo. Michael Jackson morreu no início dessa noite (horário de Brasília), em Los Angeles. Segundo as primeiras informações, o cantor teria sofrido uma parada cardíaca.
Nos anos 80, com o álbum "Thriller" Michael atingiu padrões de venda jamais imaginados e alcançados por qualquer outro artista. Mais de 20 anos depois do lançamento desse álbum ninguém conseguiu superar seu sucesso. Na década seguinte, escândalos sexuais envolvendo crianças acabaram o transformando de mito venerável em monstro. Sua carreira musical se iniciou no começo dos anos 70, cantando com seus irmãos no grupo The Jackson's 5.
De garotinho e ídolo do pop a uma criatura bizarra e excêntrica, de negro a branco, de milionário detentor dos direitos autorais das músicas dos Beatles a um cantor quase esquecido e falido, Michael Jackson deixa três filhos e um desafio: haverá alguém capaz de lhe tirar a coroa de Rei do Pop?
(No vídeo, clássica apresentação na Motown, onde Michael apresentou pela primeira vez seu famoso passo de dança conhecido como Moonwalk)
24 de junho de 2009
23 de junho de 2009
Post interativo
"O muito não significa nada quando, no vazio da grandeza, nos perdemos tentando entender qual o nível mínimo de luminosidade de um ambiente escuro."
"O estudo de física imputado na relação trivial de um casal composto por membros distintos e imutáveis é imprescindível para se analisar a ambigüidade de dois seres diferentes."
"O suicídio tem a capacidade de ser um comportamento que não se pode repetir. Ao mesmo tempo em que também serve como forma de expressão de alguém que já não vive mais em sociedade."
"A visão geral do processo comunicacional dos sapos depende diretamente do quanto as obras de Picasso atingiram um ápice com Guernica."
21 de junho de 2009
O condenado
Dois caras o acompanharam até a porta. Pensou ter ouvido alguém chamá-lo antes de sair. "Que se dane! Quem eles pensam que são? Será que pensam em alguma coisa? Só sei de mim. Agora sei com certeza. Sei tudo o que vai acontecer comigo. Mas não me assusto. Aceitarei o que aconteceu. Perdoarão-me pelos meus atos."
Ele continuou a dar seus passos, ainda acompanhado pelos homens. Pensou em sair correndo. Desistiu logo. Os homens o acompanharam até um carro preto. Colocaram-no lá dentro e sentaram-se na frente. O veículo saiu da inércia. Os 150 cavalos relinchavam alto. Logo não se veria mais o prédio em que outrora ele estava.
Seguiram dentro do carro por mais de duas horas. As luzes da cidade também ficaram para trás. O destino já estava traçado. Em poucas horas chegaria a sua vez. No banco da frente os homens riam alto e tiravam chacota do passageiro. Em momento algum ele pensou em revidar qualquer uma das ofensas que lhe eram dirigidas. Baixou a cabeça. Baixinho, pediu um cigarro. Ninguém deu a mínima. Resignou-se e não falou mais nada durante todo o trajeto.
No outro lado da cidade, três horas depois, aquele homem traído agora dormia calmamente. Ao seu lado, uma senhorita, 24 anos mais nova. Deitaram e rolaram por longos cinco minutos. Dormiram em seguida. Os pêlos do tornozelo dele grudaram na colcha de chenile.
20 de junho de 2009
Mea culpa
Estou nessa área há pouco tempo. São apenas quatro anos e meio, contando o dia da minha primeira aula no curso de jornalismo, na Unisul. Mas desde esse dia, muitas questões acerca da profissão foram surgindo. Para as principais, acabei me formando sem saber a resposta. Só o que faço é correr atrás delas. Afinal, essa é a minha profissão.
Analisando a prática do jornalismo, percebi que boa parte dos que trabalham na imprensa não têm formação técnica. Dentre esses, a maioria sequer possui curso superior. Eles costumam trabalhar em áreas como diagramação, captura e edição de imagens e áudio e até revisão de textos. Quase todos “aprenderam fazendo”. Na própria faculdade que cursei, a maioria dos profissionais ainda não possuía curso superior completo.
Um deles era o editor de imagens Vitor Gnecco. Com quase 30 anos de experiência em edição de vídeo, ele tinha mais tempo de trabalho com jornalismo que a maioria dos professores do curso (à exceção do professor Laudelino Sardá, que fez matéria com o inventor da roda e do professor Elóy Simões, que fez a campanha publicitária do produto na época). A prática de Vítor remonta o tempo das ilhas de edição linear, onde poucos eram os recursos técnicos e muita era a criatividade para inventar novas linguagens no vídeo.
Quando as ilhas lineares do curso foram aposentadas, Vítor precisou se adaptar de vez às novas tecnologias e se adaptar totalmente aos programas de edição não-linear dos computadores disponíveis na universidade. No momento em que isso aconteceu, muitos de meus colegas reclamavam de editar seus vídeos com ele, pois o consideravam lento e nem sempre ele compreendia os anseios daqueles jovens que vinham com idéias às quais ele ainda não conseguia compreender completamente. A própria necessidade de entender essas linguagens o fez, então, sair da cadeira ao lado do professor de telejornalismo e sentar-se junto aos alunos. Passou a cursar a faculdade também.
Outra experiência que tive foi durante os três meses em que trabalhei de auxiliar de redação no Diário Catarinense. Dentre os serviços menores que incluíam carregar bobonas de 20 litros de água, dois andares rampa acima, até a redação, estavam também ajudar meus colegas de cargo a produzir diariamente duas colunas para o jornal, a de Serviço e o Obituário.
Dentre meus colegas, eu era o mais experiente no sentido de cursar a faculdade por mais tempo. Todos eram estudantes de jornalismo. Eles ainda estavam no segundo ano da faculdade e eu já me encaminhava ao último. Mas um deles já estava há quase um ano como auxiliar no jornal. Eu apenas tinha mais prática para escrever frases elaboradas, ele era mais rápido para levantar as informações, pois aprendera isso na lida diária da redação. Ali, com todas as ressalvas que possam existir ao jornal e à sua direção, conheci pessoas que trabalhavam, sobretudo, com paixão pela profissão. Diagramadores, fotógrafos, repórteres, editores, todos tinham um mesmo objetivo: colocar pelo menos 24 páginas de jornal nas casas e nas bancas do Estado.
Lá, vi que a realidade da faculdade, onde muitos técnicos não eram formados, existia também na prática. Tirando os repórteres e editores, quase todo o suporte editorial era feito por pessoas, teoricamente, não qualificadas. Na diagramação e na fotografia, por exemplo, boa parte dos profissionais possuía apenas o ensino médio completo. E, com um pouquinho de pesquisa sobre isso em outras redações, vi que era assim em todos os lugares.
Eis que um dia, numa das muitas tardes em que ficávamos perto da impressora esperando a próxima página sair para levarmos ao editor e ele liberá-la para o editor-chefe, um jornalista muito experiente, que também não tem formação até onde me consta, Mário Pereira, fez uma indagação. Ele estava comentando sobre a qualidade do nosso jornal, reclamando com a voz rouca e marcante dele e à certa altura perguntou a mim e aos outros dois auxiliares porque fazíamos jornalismo.
Nenhum dos três soube responder. Ficamos quietos, pois não sabíamos claramente a resposta. Então, ele argumentou mais um pouco: “Não entendo porque alguém quer ser jornalista. Nenhum de vocês vai mudar o mundo”. Não sei quanto aos outros, mas vi que aquilo foi feito em tom de provocação conosco. De que diabos adiantaria termos um diploma? O mundo vai parar se todos os jornais simplesmente não circularem amanhã? Duvido muito. Mesmo que haja um baque inicial pela manhã, no fim do dia todos terão comido, defecado, tomado banho, trabalhado. A vida vai continuar com ou sem a gente.
Numa outra situação, certa vez, fui escalado para ajudar numa matéria na rua. Era para fazer uma enquete sobre desemprego. Na volta, estava com o motorista – cujo nome não me recordo e peço desculpas se ele ler isso e lembrar-se de mim - no carro divagando sobre as agruras da profissão. Aí ele falou sobre como as torcidas dos times da Capital agiam quando suas equipes perdiam. “Muitas vezes eles saem nos xingando, batendo no carro. Acham que a gente, da imprensa, tem culpa porque os times deles são ruins”, reclamou.
“A gente da imprensa”. Essa expressão dita pelo motorista me fez questionar quem realmente é da imprensa ou não. Quem é jornalista e quem não é. Como observei anteriormente, boa parte dos profissionais realmente não têm qualquer formação. Nem em Comunicação Social, nem nada. Na maior parte dos casos, eles possuem o ensino médio completo apenas por mera exigência das empresas, para manterem um convívio mínimo entre os funcionários.
Saí daquele carro e voltei para a redação me perguntando o que é ser um jornalista? Seria a autoria do texto de uma matéria ou o conteúdo completo, partindo desde a concepção da pauta até a fotografia, diagramação ou edição de áudio e vídeo?
Desde então venho pensando na frase do motorista. Se eu estivesse numa cobertura com ele, isso acontecesse com o carro da empresa e, por ventura, eu não estivesse ainda dentro do veículo, sem dúvida eu utilizaria o relato do motorista como parte de minha matéria contando o comportamento da torcida. Logo, ele seria um co-autor dessa parte, pois o relato seria dele, que estava na equipe comigo.
O mesmo pensamento serve para os outros técnicos. A fotografia que fosse produzida por alguém não formado seria parte integrante do conjunto da matéria. O diagramador poderia ter a idéia de usar uma cor vermelha na letra do título para simbolizar a violência dos torcedores. Sem contar que ele é o responsável por definir o tamanho que o texto pode ocupar na página, visto que se o editor quiser enfiar 20 matérias naquele espaço, ainda dando destaque para essa, isso seria praticamente impossível.
Se fosse uma matéria em vídeo, o câmera seria o responsável por pensar na maioria dos planos de corte, controlar a iluminação das cenas e, na maior parte do tempo dirigiria sozinho o vídeo, visto que o repórter precisa se preocupar em observar o jogo, ver e anotar detalhes, chamar os jogadores e técnicos para darem entrevista. Na ilha de edição, uma imagem poderia não entrar ou aparecer em um tempo menor que a decupagem do jornalista editor de vídeo. O técnico poderia avaliar e também sugerir outras formas de edição, alternativas de efeitos na imagem. Ninguém o proíbe de fazer isso e quem o faz é estúpido. Haja vista que esse pequeno detalhe visto pelo técnico pode acabar fazendo toda a diferença no material final.
Isso não transforma também esses profissionais em autores? Na minha opinião, a partir do momento em que eles têm o poder de mexer numa linha ou num frame que seja do trabalho do repórter, eu considero que sim. Mas se são autores, porque eles não podem ser chamados de jornalistas? Não pode ser apenas o diploma que vá limitar isso a eles. Todos são partes integrantes de um conteúdo maior que é o produto que chega às nossas casas diariamente, seja pelo papel, pela internet ou pelas ondas da TV e do rádio.
Sendo assim, para ajudar esses profissionais, a decisão do STF veio em boa hora. Mas o problema é que a discussão real sobre a regulamentação não é apenas se devermos exigir o diploma ou não. O verdadeiro debate deve estar nos limites do que é ou não uma atividade jornalística. Portanto, a culpa dessa decisão está em nós, que sequer conseguimos definir isso ainda. Nós estamos defendendo apenas nossos cargos, com medo de perdermos o emprego para gente “desqualificada”. Mas fora do nosso mundinho acadêmico, há muito mais gente que escreve infinitamente melhor do que a maioria de nós.
Todavia, como para todas as profissões, também sou a favor da manutenção do diploma não apenas pelo fato de ter conseguido o meu recentemente e querer usá-lo para “exigir” minha vaga de jornalista. Mas também por acreditar no fato de que um profissional bem preparado pode dar novos rumos à sua profissão, pode criar novos parâmetros e paradigmas. E essa preparação pode e deve começar na faculdade de jornalismo. Sem contar que numa faculdade aprendemos, além da técnica, princípios éticos e noções de outras ciências sociais que permeiam o exercício do jornalismo. Não é à toa vermos tantos relatos de jornalistas não formados, como Moacir Pereira e Alberto Dines, defendendo a manutenção do diploma.
Mas o canudo não é tudo. É preciso ir além disso para ser um jornalista. Aliás, se só isso garantisse o bom jornalismo, deveríamos esquecer as lições dadas por quase todos os teóricos e dos grandes nomes da profissão que veneramos na academia, visto que poucos deles são formados em jornalismo. A maior parte vem da área de Letras, Filosofia, Sociologia e História, não do jornalismo acadêmico. Por isso também, ainda tenho essa dúvida quanto ao limite de nossas atividades. Porém, ampliar nosso olhar e entender que não estamos sozinhos nessa luta diária pela notícia de amanhã, pode ser um primeiro passo para podermos legalizar novamente nossa situação.
Acredito que para lutarmos ainda pela obrigação do diploma para se fazer jornalismo, precisamos primeiro estabelecer limites claros em nossa profissão. Por exemplo, se o operador de câmera recebe um registro de repórter cinematográfico, ele tem que cursar a faculdade também. Ou não. Mas isso nós só poderemos decidir em grandes assembléias com todos os profissionais se unindo definitivamente em torno do debate. Só assim, a luta valerá à pena. Caso contrário, que fique como está, pois nossa classe nunca foi unida mesmo. Basta lembrar de uma das primeiras lições de jornalismo: “se uma redação entrar em greve hoje, de algum jeito o jornal de amanhã estará nas bancas, pois alguém o fará”.
19 de junho de 2009
O fim das ciências sociais
Mas o que são os tais “conhecimentos técnicos e científicos”? Ninguém sabe ao certo. Só o que se sabe é que, durante a leitura do voto, o ministro defendeu a manutenção de registro para engenheiros, juristas e médicos, visto que suas profissões afetam diretamente a vida das pessoas. Mas se pensarmos com cautela nisso, qualquer pedreiro experiente, ainda que analfabeto, consegue construir uma casa sem a necessidade de um projeto estrutural. E, incrivelmente, obras que eles fazem não caem por cima das pessoas, como aconteceu no caso dos prédios feitos pela construtora do ex-deputado Sérgio Naya.
Da mesma forma, boa parte dos hipocondríacos seria capaz de prescrever uma receita médica para si e para outros. Os mais afetados por essa doença costumam ler todo o tipo de bibliografia médica, de simpatias a livros técnicos, apenas para descobrirem uma nova doença em si. E o que dizer dos açougueiros? Não acredito que seja tarefa fácil e que não requeira técnica para se descarnar uma perna de um bovino em pedaços sempre com o mesmo formato. Muitos deles talvez tenham mais experiência em cortar carne do que a maioria dos cirurgiões, visto que os primeiros fazem isso diversas vezes por dia, enquanto os últimos operam dois ou três pacientes durante o mesmo período.
Para os advogados, então, imagino que não deva ser difícil ler códigos, interpretar leis e argumentar suas petições em cima delas. Qualquer estudante faz isso nos seus trabalhos acadêmicos. A única diferença é o conteúdo abordado.
Se pensarmos nas Ciências Sociais, não precisariam existir cientistas políticos, economistas ou sociólogos. Com um pouco de leitura e boa vontade, todos poderiam exercer funções nessas áreas e serem, muitas vezes, melhores do que detentores de diplomas específicos. Não é possível entender porque motivo ainda se exige diplomas em concursos públicos para atuar nisso.
Claro, isso foi apenas mera divagação. É óbvio que cada uma dessas profissões precisa de conhecimentos que vão muito além da prática. Mas a discussão aberta pelo STF é uma que permeia a academia desde sempre: o que é ou não é ciência? Além de defender algumas das profissões supracitadas, o magistrado comparou o jornalismo a profissões de cunho intelectual, que não necessitam de conhecimentos científicos para serem produzidos. Dentre elas, estão as atividades de músico, escritor e ator.
Vamos destrinchar apenas um pouco cada uma das atividades.
Um bom músico (considero aqui apenas critérios técnicos, não criativos) realmente não necessita sequer ler partituras. Jimi Hendrix não sabia fazê-lo e dizia que imaginava cores ao compor suas melodias. Todavia, a física está absurdamente presente nesta atividade. Ciência reconhecida como tal e presente nas mais diversas áreas do conhecimento, ela é a base para os estudos que fazem com que um fio de aço ressoe dentro de uma caixa de madeira e produza som. Em todas as faculdades de música, esses princípios são estudados e conhecidos pelos acadêmicos. Mesmo quem não freqüente um curso superior na área, mas vá a qualquer escola de música aprender a tocar, também terá noções sobre esses princípios.
Indo mais além nesse caso, há ainda a musicologia, que estuda a interação dos sons com o corpo humano. De acordo com a teoria das ondas, todas as partículas são formadas por vibrações em freqüências específicas e ritmadas. Por esse motivo, utiliza-se a música para provocar reações físicas nos corpos. Estudos já mostraram, por exemplo, que o uso de música clássica pode aumentar a produção de leite de vacas.
No caso dos escritores, não acredito ser totalmente possível escrever uma história, seja ela qual for, sem nenhum tipo de pesquisa. Independente do tema, todos costumam usar situações que vivenciaram ou então se aprofundaram durante horas de leitura sobre o assunto. Caso contrário, como passar adiante idéias e conceitos através da literatura? Sem contar que é necessário saber, no mínimo, formar frases para se tornar um escritor.
Já com as artes cênicas, infelizmente, vemos que a maior parte dos “atores” que aparecem na grande mídia, nos dias atuais, surgiram da exposição em reality shows, ou simplesmente pela beleza física. Mas isso não é de praxe no teatro. Boa parte dos artistas cursa oficinas durante anos e outros muitos também passam pela faculdade para aumentarem seus conhecimentos na área. Vale lembrar que esses atores que só possuem apena um bom aspecto físico e não pelo intelecto acabam se tornando personagens caricatos de si em programas de humor como o Pânico ou o CQC.
Outra comparação completamente estapafúrdia foi com a profissão de cozinheiro. Sim, um bom cozinheiro não necessita de diploma ou mesmo de registro profissional. Mas o magistrado esqueceu que a legislação específica dessa profissão exige que todos os que trabalham na área de alimentação passem por um curso de manipulação de alimentos, o qual é aplicado por membros da vigilância sanitária, gastrônomos formados na faculdade ou nutricionistas.
Por menores que sejam, todas as profissões necessitam de conhecimentos que extrapolam a simples atividade intelectual ou prática. Profissionalizar os setores é garantir que se abram as portas do conhecimento para todos. Acabar com isso significa retroceder e limitar o acesso das pessoas a um mundo muito mais amplo que o do empirismo, o das idéias.
E, para constar, apenas uma lembrança aos magistrados: todos os jornalistas formados realizaram pesquisas de conclusão de curso utilizando métodos científicos de análise. O fato de termos sido aprovados pelas faculdades não nos torna cientistas também? Algum deles pode responder o que ainda falta?
17 de junho de 2009
15 de junho de 2009
10 de junho de 2009
Queremos presentes
Mas ainda não queremos que nossos leitores dêem uma Ferrari ou um jatinho para cada um de nós. Claro, se estiverem dispostos, aceitaremos com muito carinho. Contudo, sabemos que não há muitos leitores aqui com tanto poder aquisitivo. Sendo assim, vamos pedir pouco para todos. Neste e nos meses vindouros, não esqueçam de dar uma olhadinha no blog e deixem um comentário bonitinho pra gente. E, se puderem, divulguem a bagacinha para todo mundo. Mais leitores são sempre bem-vindos.
Então, não esqueçam de nós. E identifiquem-se nos comentários, de verdade, para que os leitoras(os) antigas(os) não fiquem com ciúmes dos novas(os). Vocês sempre serão as(os) preferidas(os).
;)
8 de junho de 2009
7 de junho de 2009
Enquanto a rodada não acaba...
Independente do resultado, ele mantém a promessa de um post. Vamos aguardar...
3 de junho de 2009
O casal
Ela era uma morena de 1,80m, cabelos negros como o breu de uma noite nublada. Suas pernas pareciam moldadas pelas mãos de um escultor grego. Os olhos verdes se ressaltavam com o reflexo do extenso gramado naquele parque. A pele clara, macia, mesmo à distância, dava para sentir o toque dela. Quando ela se mexia, o ar deslocado ia ao encontro de todos no parque. Sua presença já era o suficiente para atrair a atenção de homens, mulheres, crianças e animais. Todos parariam para observá-la, independente da companhia.
No entanto, ela estava acompanhada deste senhor grisalho, com cerca de 1,70m. Ele já possuía um abdômen saliente, devido à idade. Seus traços mostravam cerca de 50 anos de idade. E não mentiam. Sua carteira de identidade comprovava o tempo vivido por ele.
Os dois trocavam carícias como dois adolescentes do interior. Não havia vulgaridade entre os dois, apenas gestos de toque e prazer que os jovens de hoje nem imaginam que existam. Namoravam muito, sentiam os corpos um do outro, beijavam pouco, mas com qualidade.
Em nenhum momento, houve um comentário bom acerca dos dois. Todos foram grosseiros e preconceituosos com seus olhares e comentários em volume baixo. Ninguém acreditou que pudesse haver sentimento ali. Numa van com vidros escurecidos, no outro lado do parque, havia uma câmera e um microfone que captava todas as reações das pessoas que observavam o casal. De certa maneira, todos que duvidavam da união estavam certos. O amor de verdade não existe mais.
31 de maio de 2009
Frase da semana
E não me venham com o papo de que essas obras seriam bancadas por meio de parcerias com a iniciativa privada. No final das contas, todos sabemos no que vai dar: dinheiro público nas mãos de gestores inescrupulosos, que comandam nossos clubes falidos. Estamos no Brasil, aposto (e torço para queimar a língua) que menos de um ano antes do evento, pouquíssimas obras estarão adiantadas e o governo terá de intervir com verbas para finalizar tudo.
Sendo assim, fico feliz com o fato de Florianópolis não participar dessa onda de roubalheira que ocorrerá até 2014. A única coisa que me deixa realmente chateado é que a partir de agora seremos obrigados a ler frases como a de Marcos Castiel, do Diário Catarinense, dizendo o seguinte: "Crônica de uma morte anunciada. Inclusive com um retumbante furo de reportagem internacional protagonizado pelo Cacau Menezes".
Sim, o colunista mais amado das patricinhas e playboys da cidade e mais odiado do meio acadêmico, em Florianópolis, há cerca de três semanas adiantou a notícia, que mexeu com a mídia brasileira. A própria CBF emitiu comunicado desmentindo Cacau. Agora, além de não termos um joguinho sequer, ainda teremos que agüentá-lo se vangloriando da nota para sempre. Então, bola pra frente rapeize.
30 de maio de 2009
Aparências
Ambos prometeram, na noite de núpcias, manterem seus belos corpos da juventude o máximo de tempo possível. Seis meses depois ele ostentava uma barriga de chope e ela já havia engordado 8 kg. Ele garantiu que iria respeitá-la durante o horário da novela e nunca trocaria de canal para ver o jogo. Depois de três finais de semana juntos, as quartas, sábados e domingos se tornaram os dias do bar, onde ele enchia a cara com os amigos e nem assistia direito o futebol.
Ela aprendeu a cozinhar quando ficaram noivos. Por pouco não chegou a fazer curso de gastronomia. Tudo para agradar o futuro marido. Hoje eles almoçaram bife seco, arroz empapado, batata queimada e feijão velho.
Como todos os casais, juraram fidelidade eterna no altar. Agora, ele sempre estica as quartas-feiras na casa da primeira mulher que vê no bar e ela dorme de madrugada, depois de horas em frente ao computador, fazendo sexo virtual.
Os amigos de longa data olham para os dois e lembram-se daquele belo casal indo ao Cinema ou namorando no parque. Eles acham difícil entender por que mudaram tanto. Mas a convivência faz coisas incríveis com as pessoas.
No namoro, ele nunca falava um palavrão sequer. No casamento, seu vocabulário resumia-se a palavras de baixo calão. Ela só saía com o namorado cheirosa, sempre tomava banho. O problema é que eles costumavam se ver poucas vezes na semana. Justamente nos dias em que a garota ficava uma hora embaixo do chuveiro.
Ele andava com um belo carro e dinheiro não era problema. O pai dele era rico e liberava o automóvel. Ela usava roupas caras, mas, apesar de trabalhar bastante para pagá-las, nunca pagou uma conta de supermercado.
Ambos se amavam nas aparências. Todavia, se conheceram tarde demais.
20 de maio de 2009
Sobre nossas cabeças...
De acordo com as informações publicadas com o vídeo, cada pontinho amarelo na imagem equivale a um avião e o tempo do vídeo representa 24h.
18 de maio de 2009
Pauta que pariu 2!
Aprendi com meus pais a sempre arrumar o quarto e a casa antes de receber visitas. Acabei entendendo isso como educação. Sabem como é: da arrumação simples até aquela bela "geral", é comum deixar as coisas no lugar, varrer a sujeira e aparentar um mínimo de ordem. Pois bem! Agora vamos brincar de imaginar que nossa casa é a cidade, ou o estado.
Durante muito tempo se falou em Congresso do Conselho Mundial de Viagem e Turismo nos noticiários de Santa Catarina, sempre ressaltando a importância do evento e do significado da vinda de grandes investidores e bacanudos para cá. Traduzindo: WTTC.
Findo o acontecimento, pode-se perceber que há um ar de disfarce nas manchetes e no que se tem falado a respeito da conferência.
O otimismo do governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, não parece estar sustentado por perspectivas tão animadoras dos ilustres executivos. Entre 133 países, o Brasil aparece em 130º e 110º lugares quando a questão é [in]suficiência na segurança e no transporte, respectivamente.
Um exemplo tão representativo está na manchete que estará em destaque amanhã por aqui: "Greve de ônibus começa às 9h30 de terça-feira em Florianópolis". Sem contar com toda a poeira e móveis fora do lugar.
Bom, ao menos as pontes Colombo Salles e Pedro Ivo Campos ganharam um azul de um convênio entre a Celesc e a Prefeitura de Florianópolis! Agora basta mais um evento para que terminem a colocação dos guard rails na travessia...