30 de dezembro de 2006

Democratize-se ou eu atiro!
Neste sábado, Florianópolis amanheceu com um céu limpo, sem nuvens, com muito calor. Um típico dia de verão no qual a melhor coisa a se fazer é aproveitar a praia. Em Bagdá, o frio que abriu a manhã teve um sentido quase poético para os habitantes de todo o Oriente Médio. Um frio de medo. Medo do que pode acontecer a partir de amanhã. O enforcamento de Saddam Hussein foi confirmado pelo seu advogado às duas horas da manhã deste sábado (horário de Brasília).

Depois de ter sido condenado pela suprema corte Iraquiana em novembro, a continuidade da vida do ex-presidente passou a ser moeda de especulação na mídia internacional. Ele foi condenado à forca por ter ordenado a morte de 148 xiitas em 1982. Seus advogados vinham trabalhando desde o dia posterior ao da sentença a fim de reverter a ordem judicial.

No início de seu governo, ele recebeu apoio dos Estados Unidos para invadir o Irâ. Em 1989 Saddam decidiu invadir o Kuwait, em uma guerra que ficou marcada devido a coalizão liderada pelos Estados Unidos para derrotar o Iraque e as famosas “bombas inteligentes” – as quais deveriam atingir apenas alvos previamente determinados, como instalações militares mas que, no entanto, acabaram com a vida de milhares de civis iraquianos. A partir da Guerra do Golfo que se encerrou em 1990, o ex-presidente americano George Bush começou a conduzir uma campanha contra o presidente do Iraque. Esta campanha levou a ONU a impor sanções econômicas ao pais, o que levou o pais a uma grave crise econômica.

Saddam Hussein era conhecido pelos árabes por defender a unidade dos muçulmanos e ser radicalmente contra a influência ocidental e judia no Oriente Médio.. Depois do fim da guerra do Golfo, ele começou uma campanha com o lema “Alá é Grande”. Entretanto, o governo de Saddam ficou marcado pela crueldade dos atos do ditador que governou aquele país por mais de duas décadas.

Após ficar vinte e quatro anos no poder, Saddam foi deposto pelo exército americano em 2003. Naquela época, o motivo alegado pelo governo norte-americano para invadir o Iraque, foi que Saddam estaria produzindo armas de destruição em massa, e que estas seriam usadas em ataques contra vizinhos aliados a Washington. As acusações americanas nunca foram comprovadas. Em entrevista recente à CNN, a atual Secretária de Estado americana, Condoleeza Rice, disse, fugindo a uma pergunta do jornalista que a entrevistava que “o que importa é que hoje o povo iraquiano vive melhor do que na época de Saddam”. Na época da invasão, a ONU emitiu uma resolução condenando o ato do governo americano.

O governo americano estima que mais de 30 mil civis morreram desde o início da guerra em 2003. Já o jornal “Washington Post" estima que mais de 600 mil pessoas já morreram. Além disso, quase 3000 soldados teriam sido mortos durante os três anos de ocupação americana de acordo com o exército.

A paz na região é praticamente inexistente desde a criação do Estado de Israel. Coincidentemente, Israel é aliado dos Estados Unidos, que por sua vez, já financiaram Osama Bin Laden, responsável pelos ataques às Torres Gêmeas em Nova York e Saddam Hussein morto neste sábado. Isto prova que enquanto a democracia for feita à moda de Washington, tão cedo não se ouvirá falar em paz no Oriente Médio, até porque, todos que se opuserem aos Estados Unidos estarão sentenciados ao mesmo destino do ex-presidente iraquiano, o caixão.

fontes:
Estadão
Blog do Noblat
Al-Jazeera.net
CNN.com
Uol News

15 de dezembro de 2006

Realmente,ele só não fez parar a chuva que caía em Yokohama,ontem,na vitória do Barcelona sobre o América.Em jogo válido pela semifinal do Mundial Interclubes,Ronaldinho driblou,dançou,deu assistência e marcou na vitória do time catalão por 4x0.Domingo o adversário é o Internacional,representante sul-americano,às 8h20.
Volta então a discussão:merece vaga na Seleção?Só joga bem no clube?É justo deixá-lo no banco?Vi alguns jornalistas de certa forma relativizando sua atuação na copa,afinal ninguém jogou bem,etc.Com certeza,todo o elenco canarinho - salvo meia dúzia - decepcionou.E um dos piores foi justamente o duas vezes melhor do mundo,que saiu com uma imagem péssima perante a torcida tupiniquim.Mereceu o banco de reservas.Acho perigosa a volta do pensamento que "craque é craque,mesmo ruim resolve".Se assim fosse,não sairíamos de forma humilhante do estádio de Frankfurt.Afinal,este foi o pensamento de Parreira ao manter medalhões como Ronaldo e Roberto Carlos,ambos com trajetórias brilhantes, mas naquele momento não apresentavam um décimo de bom futebol.Seleção,como diz o nome,é para quem está (verbo no presente) bem.
Aparece então outra questão:porque ele nunca joga com a amarelinha igual a quando veste a azul-grená?Bem,o Brasil não é o Barcelona,são esquemas de jogo muito distintos.Tomando como o exemplo a que disputou a copa,supondo que todos os jogadores estivessem 100% (haja imaginação).O 4-4-2 com o tal quadrado - que a mídia criou - tinha Kaká, Ronaldinho,Ronaldo e Adriano.Nossos latrerais sobem bastante,e os atacantes não ajudavam muito na marcação à saída de bola do adversário.Além de ter que marcar,o craque do Barça fica no meio campo,distante das balizas.
As diferenças no Barcelona começam no esquema tático.O holandês Frank Rijkaard utiliza o 4-3-3,tradicional em seu país.A linha de 4 oferece sólida defesa.No ataque,Gujhonsen fica bem centralizado dentro da área,com Ronaldinho chegando pela esquerda e Giuly pela direita.Nesta posição ele cobre uma parte do meio campo,sempre partindo com a bola para o ataque.E não fica longe do gol.Mesmo que o Brasil jogasse tudo e fosse hexa,Ronaldinho não atuaria da forma que joga em seu clube,pois são estilos divergentes.
Cabe ao treinador analisar a melhor forma de utilizar cada jogador e adequá-la ao grupo. Dunga e Jorginho tem muito para pensar.

14 de dezembro de 2006

Ilustrada

7 de dezembro de 2006

De antemão, este não será um post jornalístico.
Meu forte não é o texto e sim as palavras que somente saem da boca pra fora!!
Descobri que estou com inicio de mal de Alzheimer [acho que é assim mesmo que se escreve], esqueci minha senha, e posto no nome da Ana Gabriela, vulgo Suzy Cabecinha. Para os que sabem o que quer dizer este apelido que bom, para os que não sabem, procurem se inormar mais. Aqui quem fala é Carmine Cruz, a Pequena Desbocada, porra! oO
Resolvi postar em homenagem ao ultimo dia de aula do semestre e graças ao meu bom senhor Jesus Cristo [imagine que sou extremamente católica], último dia de aula do ano também.
Um ultimo suspiro de alívio ao concluir a resenha de ética para o professor Jacizão, junto com a alegria de que todos meus colegas queridos passarão em todas as cabulosíssimas matérias desta trágica, sufocante e aparentemente interminável quarta fase.
Aí em baixo vai minha resenha sobre o livro" O menino do dedo verde", e uma breve comparação a tão aspirada profissão e a ética em torno dela.
Tistu, o Menino do dedo verde!
A ética e os bons costumes, a moral e a maneira de ser das pessoas. Cada um possui o seu jeito de ser, mas nem sempre um jeito comum aos que se encontram em volta.
Tistu, em O menino do dedo verde de Maurice Druon, é um ANJO, um pequeno sonhador de lindos ‘cabelos louros, grandes olhos azuis e faces rosadas’, como Maurice descreveu. Um jovenzinho que vive para alegrar o mundo triste e desigual em torno de si. O desentendimento entre as pessoas, o mal e a agressividade são o foco da missão do garoto. A falta de moral dos moradores de Mirapólvora, a cidade de Tistu, cutucava seu maior dom: humanizar tudo e todos e torna-los bons em todos os aspectos.
O mundo cinza e incrédulo de Tistu é o que hoje ainda nos encontramos, este é cada vez mais problemático. A falta de ética nas profissões, nas famílias, na rua, na escola, enfim, em todo local que passamos se mantém ativa e passa a transformar o planeta Terra em um planeta cada vez mais escuro, cada vez mais solitário.
Sua impressão digital mágica era mínima a olho nu, mas o resultado desse dedinho era o encantamento e a paz por onde passava.
A tarefa urgente e de muita boa fé do pequeno menino loiro era não somente fazer nascer flores e plantas lindas, porém era trazer o amor nos corações de quem as via.
Um livro cheio de apelos á paz, á moral e principalmente ao amor ao próximo. Quem o lê entende o significado simbólico do que deve ser ter um dedo verde como o de Tistu.
Maurice em seu livro também escreveu que ‘o polegar verde é invisível. A coisa se passa dentro da pele: é o talento oculto. Uma qualidade maravilhosa, um verdadeiro Dom do céu. Há sementes por toda a parte, que não servem para nada, esperando que um vento as carregue para um jardim ou um campo. ’ Essas sementes, como algumas pessoas, que vivem á espera de um momento certo para se libertarem do aprisionamento e da inutilidade. Ou há sementes que mesmo assim não possuem utilidade e não querem mudar. Ou até sementes como Tistu, com um Dom maior, de viver em torno de um propósito mais do que útil, de tentar alcançar os ventos com mais rapidez, de ser uma semente que florescerá em um lindo campo ou jardim repleto de outros semelhantes.
Talvez todos devêssemos ser como Tistu, como o menino sonhador, como Anjos, como pessoas boas e com ética. Entretanto sem esperar um momento certo, um local exato, ou sem precisar escolher o que e como fazer o bem para si e para os que nos relacionamos.
Como Martini, Arcebispo de Milão descreve: “a grande linguagem da ética é de que tu podes muito mais, é possível fazer melhor, és chamado a algo muito mais lindo na vida; é possível ser honesto e é uma aventura extraordinária do espírito”.
Essa aventura que relacionada à profissão de Jornalista, a profissão que anseio e que escolhi para a vida toda, e que por fim aspiro com força e vontade, é constante e de grande importância.
Para um jornalista ético, o acesso à informação é um direito e um dever importantíssimo à condição de vida em sociedade. A divulgação da informação precisa e correta, é dever dos meios de comunicação e principalmente do jornalista. O compromisso fundamental deste profissional é com a verdade dentro dos fatos e seu trabalho se baseia pela correta apuração dos acontecimentos e divulgação. Além de o jornalista ser responsável por toda a informação que publica desde que seu trabalho não seja alterado. E principalmente, um jornalista comprometido com a sociedade e com a função de comunicador que lhe foi atribuída é um jornalista ético. Pensando em melhorar a comunidade com os recursos que sua profissão lhe atribui, é assim que um jornalista ético se dedica à informação, se decida á população e aos princípios e deveres perante á sociedade.
Bom...é isso ae pessoal, obrigado Ana pela senha!!
E obrigado a todos meus coleguinhas queridos, amo-os de verdade, cada um a sua maneira.
Beijos e perdoem-me o atraso de postar aqui nesta bagaça.
Carmine {MiNe} [Pequena Desbocada] (Suzy Coleguinha).

3 de dezembro de 2006


Cotidianas

29 de novembro de 2006

Pedacinho de paraíso

Sem água, sem luz, e com os pés diretamente na areia úmida. É assim que há quatorze anos o pescador e comerciante Evori Alves, 52, recepciona seus clientes em seu bar, numa das praias mais belas do Brasil, a Guarda do Embaú.

Localizada na cidade de Palhoça50 km da capital catarinense, a praia da Guarda do Embaú é com certeza um dos lugares mais exóticos e sedutores da costa de Santa Catarina. Não há como visitar a praia e não se apaixonar pela beleza que os olhos podem ver. As ondas que batem estrategicamente na montanha de pedras causam fascínio aos olhos de moradores e turistas. “É realmente uma das coisas mais bonitas que eu já vi, não tem como ir embora daqui sem ficar com saudades.”, conta Érico Monteiro, empresário paulista de 30 anos.


E o bar do Evori, está lá, emprestando todo o charme para a paisagem da pequena vila de pescadores. É a própria família que cuida do bar e prepara ano após ano os quitutes que são apreciados por turistas de todos os lugares. Até artistas de fama nacional já puderam experimentar as delícias preparadas.

O rancho que abriga hoje o bar, antes era depósito dos barcos, e por algum tempo permaneceu abandonado. Evori via a necessidade de existir ali um local para que os surfistas e hippies, os primeiros a descobrir o pequeno vilarejo, pudessem comer e beber durante as tardes de verão, ele então vendo o rancho abandonado, teve a idéia do bar. “A família toda disse ‘tas’ doido cara, não vai dar, não tem luz, não tem água, mas eu sabia que ia dar certo”, conta Evori, relembrando o tempo em que o bar ainda era um sonho.

E toda sua simplicidade de pescador Evori traz nas mãos as marcas de uma vida inteira no mar, e hoje comemora, o bar é recheado de recordações, tão gostosas de ser apreciadas quanto os pastéis de camarão que sua esposa prepara há anos. São inúmeras fotos de todo o tipo de gente, desde famosos como Rodrigo Santoro e Gabriel Pensador, até dos pescadores, pessoas simples que viram o bar crescer e se estabelecer na região. Fotos estas que ornamentam as paredes de madeira improvisadas do local, um toque que faz o visitante se familiarizar ainda mais.


Mesmo sem ter energia elétrica nem água encanada, Evori aproveita o famoso “jeitinho brasileiro” para garantir aos visitantes aquela cerveja geladinha. Pensando nisso o ele criou um sistema de baterias, que mantém um refrigerador ligado o dia inteiro conseguindo assim satisfazer a vontade de seus clientes. Os alimentos também, Evori faz questão de trazer todos os dias de barco atravessando o rio da Madre que dá acesso à praia. “Venho já de manhã cedinho com o barco, trago as massas dos pastéis, e também vou pescar e limpar os peixes, camarões e siris”, conta.

Evori só se preocupa com uma coisa: ele deseja manter esse paraíso por muito tempo ainda, e para isso ele e a família recolhem todos os finais de tarde o lixo deixado pelos turistas. “O que a gente vê que não é do quadro a gente tira. Por que pra nós essa maravilha toda aqui, é um quadro.”, explica Evori, com toda sua simplicidade e consciência ambiental.

21 de novembro de 2006

Jornalismo é uma droga



Fazer jornalismo é ter, de certa maneira, o mundo nas mãos. Vendemos toda a noção de verdade que faz as pessoas acreditarem que o mundo existe e que muda constantemente. Não é a toa que a cada semana, os jornais trazem nas suas páginas um novo tema que será discutido até, pelo menos domingo. O fato, muitas vezes se sobrepõe aos seus personagens para que possa ser atualizado constantemente, até, que de uma hora para a outra, simplesmente se esquece do assunto e “vira-se a página”.

Considero, portanto, que devido a esse poder o jornalismo é uma droga. Uma droga que vicia quem trabalha com isso. O que diferencia aqueles que seguem os princípios éticos da profissão, daqueles que não o fazem, é exatamente como cada um se torna “dependente” desta profissão.

Existem várias maneiras de se tornar um viciado na prática jornalística. A primeira e mais comum (infelizmente), é o vício pelo “poder” da mídia. Muitos já entram na escola de jornalismo, considerando que a partir disso estão entrando em um seleto grupo de pessoas. É certo que em vários momentos, nós tenhamos acesso a várias coisas que a maioria das outras pessoas jamais terá. Além disso, como já disse, o poder de dar ao mundo o que ele “precisa” ouvir é extremamente tentador. Justificam-se neste último caso, as lutas dos principais donos da mídia para manterem seus oligopólios de comunicação.

Fazemos diariamente as pessoas crerem que apenas um determinado número de fatos são relevantes e que todos os outros não passam de meros acontecimentos do cotidiano. Entra aí a ética profissional dos que trabalham com a mídia. Jornalistas e publicitários precisam entender o seu papel na sociedade para que não sejam reféns dos donos da mídia e de suas ambições. E qual é esse papel? Na verdade, temos todos responsabilidade direta com a vida das pessoas. Tanto na vida daqueles que fazem parte da notícia, quanto dos que vão recebê-la. No caso dos publicitários, não basta apenas vender conceitos e produtos, mas sim vender aqueles que de uma forma ou de outra podem contribuir para o crescimento da sociedade.

Para distinguir cada tipo de informação e perceber que se ela é importante ou não para a vida
das pessoas, é necessário adquirir o máximo de conhecimento de todas as ciências sociais. Ainda que isto não garanta efetivamente que o compromisso social dos comunicadores será sempre alcançado, ao menos faz com que cada um dos que trabalham nesta área. Gabriel García Márquez lembra que “toda a formação deve se sustentar em três vigas mestras: a prioridade das aptidões e das vocações, a certeza de que a investigação não é uma especialidade dentro da profissão, mas que todo jornalismo deve ser investigativo por definição, e a consciência de que a ética não é uma condição ocasional, e sim que deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro”.

Apenas assim, é possível fazer parte, realmente, de um seleto grupo de pessoas. O de pessoas que fazem do Jornalismo e da Comunicação Social, um instrumento de revolução social. Pois são poucos ainda aqueles que pensam desta forma. Portanto, de acordo com as novas tecnologias de informação, que fazem com que qualquer um possa virar um noticiador dos fatos, só aqueles que puderem ter discernimento do que estão produzindo e para quem estão produzindo, terão possibilidade de manter-se no mercado.

20 de novembro de 2006

Sem dúvida valeu cada centavo gasto no ingresso.Quem viu,viu.Quem não viu terá que esperar até ano que vem,e provavelmente por um novo show.Sádado à noite o Los Hemanos fez uma das últimas apresentações da turnê "4", no salão do Lagoa Iate Clube,em Florianópolis.
A casa abria às 21h, e quem chegou cedo pode conferir os shows da Z? e Samambaia Sound Club.O mau tempo não fez com que o público deixasse de comparecer ao local.Por volta de 0h40,após uma apresentação sem graça do patrocinador do evento os Hermanos subiam ao palco.Em alguns momentos apenas os quatro integrantes da banda ficam em cena, Bruno Medina (teclados),Rodrigo Barba (bateria),Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante (voz,revezando guitarras e baixo).Noutros contam com o apoio de Gabriel Bubu (baixo/guitarra) e o naipe de metais composto por Índio,Bubu e Mauro (sax,trompete e trombone,respectivamente).
Já na segunda música tocam "O Vento",mais famosa do último álbum.Em "O Vencedor" as caixas de som são abafadas pela voz da platéia,que acompanha cada verso.O repertório foi bem escolhido,misturando canções dos quatro discos.Pode-se dizer que,talvez à exceção de "Primavera",nenhum sucesso ficou de fora."Anna Júlia","Último Romance","Sentimental",não houve uma que não fosse cantarolada junto.Entre as não tão conhecidas do grande público estavam "De Onde Vem a Calma" e "Deixa o Verão",entre outras.A volta para o bis foi generosa,e nela relembraram "Azedume".Muito pedida,"A Flor" encerrou o espetáculo,ali pelas 2h.Sem dúvida um show completo.
Cinco estrelas para o Los Hermanos.

17 de novembro de 2006

A semana segue agitada em Floripa.Após O Rappa apresentar seu show acústico no feriado da última quarta feira,amanhã é a vez do Los Hemanos aterrisar na ilha.Depois de um ano de espera os fãs poderão curtir o som dos cariocas amanhã,no salão do Lic.O espetáculo começa às 21h,com abertura das bandas locais Z? e Samambaia Sound Club.A atração principal sobe ao palco 0h30.

O repertório da apresentação é baseado principalmente nos dois últimos álbuns,4 (2005) e Ventura (2003).Daquele sairam os sucessos "O Vento" e "Morena",deste "O Vencedor" e "Cara Estranho".Todavia,hits do Bloco do Eu Sozinho (2001) como "Todo Carnaval Tem Seu Fim" e "Sentimental",entre outras,não ficam de fora.O álbum de estréia da banda,Los Hermanos,de 1999,normalmente não tem músicas incluídas,o que não significa que eles não possam relembrar o megasucesso "Anna Júlia" ou outra canção.

Os ingressos antecipados estão a venda nas lojas da Claro,nos Shoppings Beira Mar e Itaguaçu,lagoa,trindade e centro.Custam R$ 40 (inteira),R$ 30 (clientes claro) e R$ 20 (meia).Na hora o preço é R$ 50.

16 de novembro de 2006

Jornalista pode se arriscar às vezes na tentativa de se fazer poeta?

Pode.

Afinal, o que mais é essencial a um profissional do jornalismo se não a habilidade [que no meu conceito defino como uma arte] de lidar com a palavra? É como escolher as cores de um quadro: pincelar sílabas à melhor maneira em um papel em branco. E eu digo que me arrisco! Não que eu seja passível de me comparar a Cecília Meirelles, por exemplo, jornalista e poetiza. Mas vez ou outra tento transmitir para a folha nada mais do que eu sinto. Esse sentir é a inspiração, seja de algo bom, seja de algo mau. Costumo publicar algumas dessas minhas viagens trazidas pelo meu singelo eu no meu fotolog, a fim de que ele não seja só uma exposição banal de sorrisos ou um diário da minha vida com que muita gente não tem a ver.
Já que o blog necessita de uma tão implorada movimentação, vi-me no direito de publicar um desses textos que recebeu alguns elogios. Sem esquecer-se, claro, de que esse espaço é para divulgar, inclusive, trabalhos realizados para a sala de aula. A composição que segue abaixo tem uma fotografia produzida em uma das saídas fotográficas da nossa turma [mais especificamente a saída com câmeras digitais que, confesso, não são minha preferência!]. Estou confiando no que me foi dito nos comentários do fotolog e aí vai:






Inspirar-se é feito o ato biológico.

É puxar o ar de si. Bem fundo: da foto, da bola de sorvete do fim de tarde em dia de veraneio, do sorriso desconhecido presenteado pela paquerinha à toa no ponto de ônibus, do amor da vida, do amor do dia, do amor da hora. Suspiro.
Sentir que aquele algo-de-dentro quer a todo custo sair em forma de palavra, de riso, de trocadilho; é inspirar-se.

[Ins]Pirar-se.

O giro em torno de si em cima do tapete da sala que faz o desenho bordado borrar. Gira. Gira. Gira. Cada vez mais rápido, embora de longe se veja lento. Pé-ante-pé que vez ou outra se esbarra. Quase cai; mas gira. Ainda gira e gira. Pára na tontura. Por ora parado, tudo em torno gira. Mudam as perspectivas. Não vê que tudo é relativo?




É o externalizar de quem se inspira!

Arielli Guedes Secco / CJM - 4o Semestre

14 de novembro de 2006

Saudade

Eu gosto da palavra saudade. Segundo o dicionário Priberam, saudade é a lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir.
Muitos autores já tentaram definir o verbete, e também gosto de algumas definições. Há quem diga que “saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue”. Entretanto, apesar de achar uma tremenda pretensão querer explicar sentimento, humildemente criei minha própria explicação.
Saudade é a lembrança dolorosamente prazerosa de um pedaço da gente que morreu, mesmo que ainda estejamos vivos. É a vontade de dar replay no filme da vida, para ficar repetindo sempre a mesma cena.
Saudade é aquela dor que dá no peito às dez da manhã ou às onze da noite, assim que sentimos um cheiro ou escutamos uma música. E algumas vezes, essa dor até nos faz sorrir. É a necessidade de reviver uma coisa que, no fundo, a gente sabe que não existe mais.
Saudade é um vazio, um buraco na alma, provocado pela ausência de quem se fez fundamental, e que nenhuma outra pessoa consegue cobrir. Saudade é a decepção que a agente sente quando acorda de um sonho e percebe que foi só um sonho.
O grupo musical Biquini Cavadão disse que “a saudade acorda a beleza que faz sofrer”. O Chico Buarque disse que “a saudade mata a gente”. Concordo com ambos. Saudade nos consome aos poucos: é um monstro com o qual precisamos conviver. Porque, de repente a gente percebe que, no fim, saudade foi tudo o quê restou…

13 de novembro de 2006










Ilustrações Cariocas

12 de novembro de 2006

Ontem foram eles. Amanhã, quiçá, sejamos nós!
Auto-crítica ao texto: ele pode ter parecido tendencioso, embora não tenha sido a intenção. Eu deveria ter falado com pessoas que receberam o prêmio e que não são muito conhecidas. É que realmente lá foi difícil, por dois motivos: primeiro, pelo rotineiro nervosismo que já me é de praxe [mais ainda quando, na função de estudante de jornalismo, entrevista-se jornalistas]; segundo pela muvuca, que tornou impossível a seleção das fontes. Enfim, foi uma oportunidade pra lá de bacana de ter contato com pessoas do nosso meio jornalístico que já têm uma bagagem bem maior do que a nossa.

Um agradecimento ao meu amigo Emilio que me deu [muito] apoio moral lá!




Prêmio Acaert 2006

Jornalistas e estudantes reunidos, Teatro Álvares de Carvalho praticamente lotado e microfones de ouro sobre a mesa à espera pela entrega como símbolo de reconhecimento. Marcada para as sete e meia da noite, a cerimônia do prêmio da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão, que acontece há cinco anos, foi nesse dia 08 de novembro. A edição teve quinhentos e cinqüenta e quatro trabalhos inscritos, realizados por profissionais de emissoras de rádio e televisão, e de agências de publicidade de todo o Estado de Santa Catarina.
Depois de pisar em um tapete vermelho e tomar alguns goles de champagne logo à porta do Teatro, quem presenciasse a cerimônia podia sentar-se à espera do início da celebração que teve atraso de uma hora. “O prêmio ACAERT de Rádio e Televisão, que este ano bateu o recorde de participação, é para nós da radiodifusão catarinense um momento único e marcante”, falou Ranieri Moacir Bertoli, presidente da Associação, em uma parte do breve discurso de abertura. Segundo Ranieri, o júri encarregado pela escolha dos vencedores foi formado por pessoas sem nenhuma relação com a Acaert e especializadas de acordo com a categoria a ser julgada.
O prêmio era dividido em três categorias: Profissionais de rádio e televisão, Peças Publicitárias e Monografia Estudantil. A comissão julgadora foi presidida pelo professor, radialista e publicitário Acácio Luis Costa, responsável pelo lançamento de mais de cem emissoras de rádio no Brasil.
Na categoria Profissionais da Televisão, Mário Motta recebeu o microfone de ouro como o melhor apresentador de telejornal. Antes, demonstrava o nervosismo roendo as unhas. Impaciente, trocou de cadeira três vezes. Ao final da entrega, enquanto saía do teatro tranqüilo e com uma felicidade que transbordava em inúmeros sorrisos, falou:
- Muito embora normalmente os premiados sejam aqueles que aparecem em frente às câmeras, ou cujo a voz está no auto-falante do rádio, ou no texto do jornal, há tanta gente por trás pra que você possa desempenhar seu papel que eu não me permito esquecê-los, especialmente em televisão onde eu não edito o jornal; me cabe apresentar, quer dizer, vivenciar a emoção daquilo que foi trabalhado pelos meus companheiros e companheiras. Então esse prêmio aqui é dividido mesmo!
Ricardo Von Dorff foi o vencedor de melhor repórter, também da categoria Profissionais da Televisão. No momento, Ricardo atua em Santa Catarina, mas já teve matérias veiculadas no Jornal Nacional. Ao final do evento, conversava com colegas na calçada em frente ao Teatro Álvares de Carvalho. Usava óculos de grau discreto, com armação fina, terno bege escuro e cigarro entre os dedos. “Eu fumo demais”, disse, olhando para o chão. Para ele, o problema por que passa o profissional do jornalismo atualmente está na saturação do mercado: “espero que o mercado venha a crescer em todas as áreas, em todas as mídias que fazem o jornalismo e que as pessoas que pensam em ser profissionais dessa área se qualifiquem o mais possível. É um mercado bastante apertado”, disse. Ricardo tem como sua maior conquista a credibilidade, que ele acredita ser o que todo jornalista procura trabalhar:
- “Eu acredito no que essa pessoa ta falando”. Isso não é gratuito! Acho que você só pode ter essa credibilidade ao longo de uma carreira.
Há aqueles que já deram longos passos em sua carreira e há quem ainda está no começo do caminho. Essa flexibilidade do prêmio Acaert, que dispôs de olhos tanto para os mais experientes quanto para os principiantes, permitiu a escolha de Andréia Carol Denardi com a melhor monografia estudantil. Cabelo preso, vestido longo preto e, por ora, a convicção de que tudo tinha dado certo: ela quase não conseguiu inscrever o trabalho a tempo. “O prazo para entregar a inscrição era até as seis horas. Consegui entregar era seis e meia. Foi muito corrido!”, contou. A monografia tem como título “A voz da rádio CBN/Diário no apagão na Ilha de Santa Catarina”, e faz uma análise da cobertura da emissora de rádio realizada durante o acontecimento. “Eu decupei sete CDs de gravação, mais de cinqüenta e cinco horas, com o trabalho de todos os profissionais da RBS, entrevistei a maioria envolvida com a cobertura do apagão. A minha monografia é uma viagem boa à cobertura que a CBN fez durante o apagão!”, explicou. Andréia se formou em 2003, na Unisul, e teve como orientador para o trabalho de pós-graduação o professor Eduardo Meditsch, da UFSC.
Na categoria Peças Publicitárias, as agências de propaganda que se destacaram foram a Neovox, a INCA e a One/WG, todas com três peças finalistas, seguidas pela Shift/Quorum e 9mm Propaganda e Marketing, ambas com duas peças selecionadas. As vencedoras do microfone de ouro foram a Neovox e a Propag. Você pode tomar conhecimento da lista completa dos premiados no link abaixo:
http://www.acaert.com.br/index.php?option=content&task=view&id=547&Itemid=



Arielli Guedes Secco / 4º semestre

9 de novembro de 2006

Já que toda contribuição é pouca, esse blog precisa ser movimentado e os textos que produzimos não precisam necessariamente ter como destino a "gaveta da bagunça", aí vai a matéria escrita pra aula de Redação Jornalística I dessa semana que se esvai. O intuito era produzir um hipertexto. Pena que meu precário entendimento com relação à "ínternéti" seja pouco para linkar de verdade endereços ao longo do texto.





Mudança de Hábito


De segunda à sexta-feira, nos corredores da Universidade do Sul de Santa Catarina, os alunos de naturologia interagem com os demais cursos através da venda de alimentos naturais. A feira é assim: expõem-se de forma improvisada, em mesas retiradas da própria sala de aula, produtos como o mel, o arroz integral e os florais. Os sanduíches de Paula Cristina Ischkanian, 36, aluna da nona fase do curso de naturologia, fazem sucesso. “Quem compra os meus lanches sabe que eu não uso nada de procedência animal na produção deles”, disse. A vegetariana que há sete anos não consome carne garantiu que a procura é grande.
Para quem aprecia, não há como negar que uma carne bem temperada, daquelas assadas em um churrasco de domingo, não seja uma boa pedida. O cheiro inconfundível é quase um convite. À mesa, as bordas crocantes com sal grosso, o sabor incomparável e a maciez que faz a faca, bem afiada, deslizar. O Brasil é o quarto país do mundo em que mais se come carne.
Em contrapartida, a mudança nos hábitos alimentares é uma tendência cada vez maior. Por ora, um prato colorido: diferentes texturas e aroma de frescor. O crocante é natural e a biologia explica. As receitas combinam com a criatividade na hora de lidar com os legumes, verduras e frutas. Uma pesquisa realizada pelo grupo Ipsos e publicada na revista Época indica que o segundo maior índice mundial de pessoas que “têm procurado comer menos carne” é o dos brasileiros, equivalente a 28%.
Há quem decida abolir completamente a carne das refeições, condição primordial para que uma pessoa se torne vegetariana. “O termo vegetarianismo não vem de vegetal, mas sim significa dar vida!”, disse a estudante de nutrição Débora Valadão, 25, que já foi vegetariana e há um ano voltou a comer carne porque sentiu necessidade.
As razões que resultam na opção pela dieta podem ser de saúde, ecológicas, éticas, econômicas e religiosas.“No meu caso, foi uma mudança de percepção. Passei a ver os animais não mais como comida, mas como seres conscientes do mundo, sujeitos-de-uma-vida”, falou Rodrigo Espinosa Cabral, que é vegetariano há dois anos. Rodrigo tornou-se também, há quatro meses, vegano, o que significa, além de não ingerir alimentos de procedência animal, não fazer uso de nenhum outro produto (por exemplo: cosméticos, vestuários, calçados, etc) que tenha essa origem. “Parto do princípio de que toda a morte desnecessária deve ser evitada. Desde que bem equilibrada, a dieta vegetariana também é muito saudável!”, alertou.
Para que se atinja esse equilíbrio, é imprescindível a busca de informações em fontes variadas e oficiais ou, preferivelmente, uma consulta a um médico. “Como consumimos proteína em excesso, a retirada da carne simplesmente causa uma adequação com relação à quantidade de proteínas consumida. Porém, o vegetarianismo, assim como qualquer outra dieta, passa a ser prejudicial quando o indivíduo não se alimenta adequadamente, tanto em variedade, quanto em quantidade”, explicou Eric Slywitch, médico coordenador do Departamento de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira, especialista em nutrologia e nutrição clínica.





Sociedade Vegetariana Brasileira (SBV): http://www.svb.org.br




Arielli Guedes Secco/CJM-4º semestre

7 de novembro de 2006


Filmes Catarinenses



Para os amantes do cinema alternativo pode-se dizer que só faltou a pipoca. Já para aqueles que foram ao evento apenas por ser gratuito, o que faltou foi educação em alguns momentos. A 8ª edição da mostra de vídeos catarinenses (Catavídeo) acabou neste domingo. Ao todo, foram 120 produções exibidas durante a última semana, além de oficinas e palestras com várias pessoas ligadas à produção de vídeos.

Em uma das melhores salas de cinema (e também uma das mais desconhecidas) da capital, dentro do prédio da Justiça Federal, os visitantes tiveram acesso aos mais variados tipos de filmes. De comédias hilárias, a documentários emocionantes, passando por alguns filmes experimentais e outros um tanto bizarros, as pessoas puderam se identificar com as mais variadas formas de expressão audiovisual. A maioria dos vídeos apresentados era de alunos de cursos de comunicação do Estado. Na mostra não havia pré-seleção dos filmes, portanto, todos os que se inscreveram tiveram suas produções exibidas ao longo da semana. Uma das curadoras do evento, Patrícia Lopes, diz que a idéia de não haver uma pré-seleção dos filmes ajuda a “suprir a demanda de distribuição dos vários filmes produzidos no Estado”.

Adriano Petrycoski de 32 anos disse assistiu à mostra na sexta e no sábado. Para ele a mostra é extremamente importante para o audiovisual catarinense pois leva à tela um tipo de filme mais “suburbano, underground.” Ele lembra que no FAM (Florianópolis Audiovisual Mercosul) os filmes todos passam por uma banca julgadora e por isso, muitos que, eventualmente, mereceriam estar na mostra, não aparecem por causa dos critérios de julgamento, algo que não acontece no Catavídeo.

Com relação ao público, Patrícia diz que não houve uma grande procura pelo festival, (que teve uma média de 50 pessoas por noite) sendo que o dia em com mais pessoas para assistir aos filmes foi no sábado. A própria escolha da sala da Justiça Federal ocorreu porque em anos anteriores, a sala do Museu da Imagem e do Som, no CIC não comportava todas as pessoas que iam à mostra. Segundo ela, o auditório da Justiça Federal tem lugar para quase 300 pessoas, mas como o número de visitantes se manteve, a sensação de que não havia quase ninguém na mostra se acentuou. Nem a maior cobertura da mídia sobre o evento deste ano ajudou para que o cinema lotasse. Aliás, pelo que se pôde observar, só ajudou para levar pessoas que durante as sessões levantavam, conversavam, iam embora durante os vídeos e não se importavam com os que gostariam de ver os filmes.

Uma novidade este ano foi, que percebendo uma grande quantidade de vídeos da região de Florianópolis, a organização do evento buscou parcerias com várias empresas do Estado para levar oficinas de produção audiovisual para o interior. Ao todo, 10 cidades tiveram estas oficinas, possibilitando assim, que as produções do interior alcançassem 20% do que foi exibido. Um recorde segundo a organização. Os filmes produzidos nestas oficinas foram exibidos ao público, sempre antes da sessão principal da noite.

Após a exibição dos filmes, o público, assim nas edições anteriores, pôde dar o retorno aos produtores dos vídeos escolhendo aquele gostou. Neste ano, os mais votados foram:

• Dia 29/10
CHAPÉU - UM FILME DE CHAPEUZINHOS
Dir. Marilia Gervasi Olska - Ficção - Florianópolis / SC - 8'
• Dia 30/10
O FIM DA LINHA
Dir. Felipe G. Botelho - Ficção - Florianópolis / SC - 20'
• Dia 31/10
TINO SUTIL
Dir. Danilo Seemann - Ficção - Florianópolis / SC - 6'10''
• Dia 01/11
CONTO DE NORTEVILLE
Dir. Uriel Pereira - Ficção - Florianópolis / SC - 13'35''
• Dia 02/11
LEONOR GUEDES - MEMÓRIAS EM ORBITA
Dir. Fabíola Beck - Doc. - Florianópolis / SC - 10'
• Dia 03/11
APROVEITEM O MAR
Dir. Christian Abes - Ficção - Florianópolis / SC - 9'
• Dia 04/11
O CAMINHO DA VIDA
Dir. Grupo Senac - ( I Turma 2006) - Ficção - Florianópolis / SC - 8'40''
• Dia 05/11
ONDE DEUS SE ESCONDE
Dir. Sandro Ferreira - Ficção - Florianópolis / SC - 23'54''


Leia mais sobre as outras edições do Catavídeo: www.catavideo.alquimida.org

4 de novembro de 2006

Noites Cariocas

Peculiar,acho uma boa definição para o Rio de Janeiro. Diversos morros recortam a cidade,volta e meia se vê um paredão rochoso ao seu lado.Hora os morros são cobertos pela mata nativa,hora pelas favelas que crescem de forma desordenada.Barracos amontoam-se verticalmente,abrigando famílias inteiras em poucos metros quadrados.Em algumas entradas para as comunidades os 'funcionários' montam guarda armados.Do outro lado,aqui é o único estado do Brasil que a polícia militar usa fuzis em rondas rotineiras,como blitz nos túneis.

O único temor do tráfico é o batalhão de operações especiais, devido ao treinamento dos policiais. Eles realmente acreditam na causa, 'manter a lei e a ordem', dificultando acordos ou subornos. A sede do Bope fica no Pereirão, local antes problemático. Há uma placa com os dizeres 'apague os faróis, ande devagar, não faça movimentos bruscos'; ao lado o símbolo do grupo, um crânio com dois revólveres cruzados. O Bope é a elite da polícia, suas inserções nos morros a bordo do caveirão quase sempre resultam em alguma prisão ou morte. Porém, como a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco, os donos da boca escondem-se enquanto o pessoal da contenção troca tiros com os militares.

Não pode-se negar a violência,mas o cotidiano do bairro onde fiquei,Humaitá,é tranqüilo.Ando despreocupado,o que não significa desatento.Há várias coisas para se fazer,nesse ponto Florianópolis deixa e muito a desejar.Locais como Centro Cultural Banco do Brasil e Museu de Arte Moderna recebem exposições de todos os tipos,sem contar os locais pequenos,como o Espaço Culural Sérgio Porto.Sempre com mesinhas para um café e agradável bate-papo. Vi mostra dos trabalhos de Aleijadinho no CCBB e '100 anos de arte no Brasil' no MAM.Este também abriga exposição fotográfica exelente,com instantâneos de Sebastião Salgado,Evandro Teixeira e Walter Firmo,entre outros.

A prostituição é gritante,seja na rua,seja numa das várias casas noturnas 'especializadas' no serviço.O turismo forte gera emprego para várias pessoas,e também para as que tem no corpo o único meio de sobrevivência.Copacabana é um dos locais onde mais acha-se tal serviço.O Beco das Garrafas,berço da Bossa Nova,não abriga mais boa música,e sim dois puteiros.A única coisa que lembra os anos 60 é uma loja de discos e livros chamada Bossa Nova & Cia,que tenta trazer de volta o ambiente artístico ao local.

Duas coisas chamam-me atenção.À noite os sinais não significam pare,e sim reduza,pois ninguém respeita o vermelho.Compreensível,visto o alto índice de assaltos aos carros parados nos semáforos.É a cidade mais tabagista que visitei.Todo lugar,de barezinhos a colégios,vejo mais fumantes que não fumantes.Na lapa ou na praia,existem ambulantes com uma bandejinha cheia de cigarros,todo tipo e marca.E a procura é grande.

Em Ipanema vejo um rapaz ser levado pela guarda municipal por fumar maconha na praia.Bobeou.Em Floripa,acho que não seria assim.
Seguem as noites cariocas.

31 de outubro de 2006

Voto consciente

Tem certas pessoas que só vemos em dias de funerais, festas no bairro ou dia de eleições. Parece que se escondem durante todo o ano, em alguma caixa perdida num depósito fechado. Hoje foi dia de rever alguns deles. Graças ao milagre do segundo turno, tive o prazer de vê-los duas vezes em menos de um mês. Pude perceber que, num dia ensolarado, muitos deles acabaram aproveitando também para tirar um pouco do mofo acumulado nas caixas de onde nunca saem.

Renato Antunes não gosta de sair de casa. Nunca gostou. Seus poucos amigos sempre o chamam de “Traça de Livro” – apelido que com o tempo foi diminuído apenas para “Traça” - pois toda vez que o convidam para sair de casa ele diz que não pode, pois está lendo. Ler era só uma desculpa. Ele raramente punha as mãos em um livro. O que ele gostava simplesmente era de ficar em casa. Não para ver televisão ou para navegar horas a fio na internet. Apenas ficar em casa, longe do convívio social.

Para tirar Traça de casa era preciso que houvesse um acontecimento muito grande. Eu nunca fui muito amigo dele. Apenas cruzávamos em alguns destes eventos. A última vez que o vi foi no reveillon. Em nosso bairro sempre fazem uma festa para celebrar o ano novo. E lá estava ele. Tinha mais álcool em seu sangue que no motor de um Opala 78 movido a esse combustível. Este era o grande defeito de Renato. Sempre que saía de casa e ia a festas, acabava bebendo além da conta.

Agora o reencontro aqui na fila da seção eleitoral. Votamos no mesmo local. Traça usando seu inconfundível terno bege. Ele quase sempre usa ternos beges. Quando chego ali vejo que ele está no meio de uma acalorada discussão sobre os candidatos. “O meu candidato é melhor porque não é ladrão”, dizia a pessoa que estava falando com Traça. “Se ele não é ladrão então por que existem tantas denuncias contra ele?” – defendia Traça.

Demorou pelo menos uns dois minutos até que Renato Antunes percebesse a minha presença. A pessoa que debatia com ele já tinha entrado na sala do grupo escolar onde votávamos. Comentei com Traça que pelo nível da discussão, ele deveria ter pensado muito antes de votar. Ele me respondeu que sim. Falou que apesar de ter defendido um candidato, votaria em outro só porque ele deu a uma prima dele um emprego de subsecretária na prefeitura há quatro anos e queria agradecê-lo por isso.

Tem pessoas que só vemos em funerais, festas de bairro e dia de eleições. E é melhor que seja assim.

28 de outubro de 2006

Dia desses, um amigo disse que o jornalismo é um estupro. Concordei. É um estupro intelectual. Às vezes, na minha humilde condição de estudante, me vejo obrigada a escrever sobre coisas das quais não entendo nadinha. E isso, é chato, pra falar a verdade. Muito chato. Como o meu amigo, eu também queria só escrever notinhas inocentes. Quer dizer, não tanto... no começo eu tinha a ilusão de que mudaria o mundo. Tudo brincadeira do destino.
Mas hoje quando estava indo fazer uma entrevista, me senti muito Jornalista. Foi a segunda vez que tive essa sensação, e admito que tava cheia de orgulho de mim mesma. E fiquei pensando que pra ser jornalista é preciso mesmo aquele dom natural de que tanto falam, uns chamam de talento. Sério! Porque honestamente escolhi uma profissão meio ingrata, rodeada de mitos e um certo glamour, quando na verdade, nós - jornalistas - passamos por certos perrengues. Mais do que cursar uma boa faculdade , a gente precisa de Feeling... quase como um instinto atrás do que é notícia, a curiosidade aguçada e segundo a minha mãe, até um pouco de obsessão pra saber tudo o que acontece. É uma coisa estranha! Porque mesmo não muito empolgada com a faculdade, em situações como hoje, eu sinto uma paixão imensa pelo jornalismo. E não sei de onde vem essa necessidade de saber e informar - certamente, não é hereditário... Acho que a faculdade tá me levando prum mundo paralelo...

24 de outubro de 2006

Acontece hoje no teatro Ademir Rosa show com o grupo pernambucano Cordel do Fogo Encantado. A apresentação faz parte da turnê do quarto álbum da banda,Transfiguração,lançado este ano.Após o show em Florianópolis seguem para Porto Alegre,onde tocam no bar Opinião.É possível baixar algumas músicas em MP3 no sítio do grupo, cordeldofogoencantado.com.br. A apresentação é às 21h,e os ingressos estão a venda na bilheteria do CIC por R$ 30.

4 de outubro de 2006

Música

Existe coisa mais linda do que música? Parei pra pensar nisso no show dos Engenheiros do Hawaíi, dia desses, no CIC. Quem me visse, pensaria até que eu estava apática diante do espetáculo. Ah, mas se as pessoas pudessem enxergar o que em mim se passava, diriam que eu estava em transe!
Fiquei admirando o momento, a banda tocando, a platéia acompanhando, a maioria absorvidos no mesmo ritmo, na mesma melodia, na mesma poesia. Alguns dançavam, outros apenas cantavam quase hipnotizados pelo som que envolvia a todos.
Não sei fazer música, sou apenas uma humilde admiradora da arte, não sei tocar nenhum acorde. Sou, no entanto, fã de música e de artistas da música. Desde bem pequena, a música tem um papel fundamental na minha vida. Tenho praticamente uma trilha sonora própria – e acredito que muita gente deva ter também. Simplesmente porque, sem saber como me expressar, sempre tem a música que fala por mim.
De certa maneira, foi a ausência de talento musical em mim, que me fez querer aprender a escrever. E mesmo assim, sempre me faltam o Dó Ré Mi para fazer ouvir o quê - e como - eu gostaria de gritar
Coisa fantástica essa de cinco - ou quantos forem - instrumentos tocarem em tamanha sintonia, que faz a gente viajar, o corpo balançar. Alguém já parou pra pensar o quão fantástico é fazer música? É tanta harmonia, que chego a me arrepiar.
Sim! Fico sem palavras pra me fazer entender. Acho que tem gente que ouve música, como ouve a qualquer outro barulho no mundo. Mas eu fico assim, escrevendo, pensando em como me fazer entender e escuto Chico Buarque. Fico com um pouco de inveja porque meu talento é muito pequeno perto dele. Escuto Los Hermanos e Zeca Baleiro, qualquer um que saiba fazer música de verdade e fico extasiada – e agradeço - por escutar quem sabe falar – e cantar – por mim.

24 de setembro de 2006

Arte é Humanidade

Durante a última semana, a nossa turma teve de fazer um trabalho de Ética e Legislação Jornalística, uma das cadeiras que precisamos cursar em nossa faculdade. Enfim, quando lia um dos textos (escrito pelo nosso professor Jaci Rocha), deparei-me com a seguinte frase: "Melhor um homem morto que uma obra de arte destruída!". Segundo Jaci, esta frase foi uma citação do arcebispo de Milão, Martini, em uma entrevista à televisão italiana.

Pois bem, logo abaixo esta citação, nosso professor diz: "Este é um exemplo de uma sentença moral, de um modo de pensar que nenhum homem e mulher bons da cabeça poderiam jamais aprovar. É claro, todos apreciamos obras de arte, porque são tesouros da humanidade, mas a humanidade é bem maior do que seus tesouros. Assim, toda doutrina ética ensina a refutar tais aberrações morais que são afins com todo tipo de preconceito racial, ou outros, contrários a todo sentimento de humanidade”.

Sou obrigado a ir contra o que ele diz. Especialmente no sentido de que as obras de arte são "tesouros da humanidade". Desde que li isso fiquei analisando tanto a citação de Martini, quanto o comentário de Jaci e cheguei à conclusão de que a arte não é um tesouro, mas sim a própria humanidade. Sempre pensei que não passávamos de animais, e a única diferença que possuíamos em relação aos outros seres deste planeta era o fato de podermos mudar completamente a natureza, de acordo com as nossas pretensões, na proporção em que julgássemos necessárias. Percebi então, que temos algo de concreto, que realmente nos difere e nos dá algo de especial nessa breve existência a qual somos submetidos aqui na Terra. E esta diferença é a arte.

Desde o início das civilizações ela sempre esteve presente. Na Idade da Pedra, os homens desenhavam nas paredes os seus medos, as suas conquistas e as suas derrotas. Na religião, desde o símbolo do Yin-Yang da cultura oriental, até os afrescos de Michelangelo na capela sistina, a arte se faz presente. A música nos dá uma dimensão de como se deram as mudanças sociais bastante claras. Basta ouvir músicas barrocas e a música eletrônica, por exemplo. A literatura, então, serviu como base para todas as pesquisas sobre as civilizações antigas.
Jaci diz que a frase que me fez pensar durante toda a semana foi dita por um colecionador de arte durante a Segunda Guerra Mundial. Ainda que para o colecionador a obra de arte fosse importante apenas como objeto estético, eu analiso esta frase sob uma outra ótica. Para mim, a frase do colecionador tem sentido, pois aquele que mata em um momento adverso sem dó nem piedade, ao salvar a obra mostra que no fundo de sua mente, ainda há um resto de humanidade que restou após meses vendo a morte diante de seus olhos. Digo isto baseado em fatos colhidos de um outro livro que acabo de ler: "Lúcio Flavio, o Passageiro da Agonia", de José Louzeiro. Lúcio Flávio foi um assaltante de bancos que se tornou famoso na década de 70, tendo feito 20 fugas, uma mais espetacular que a outra. Ele era uma pessoa extremamente violenta, que matava sem compaixão, todos aqueles que o causassem algum mal, ou a qualquer pessoa de que ele gostasse. Entretanto, durante uma das vezes em que ficou preso, teve contato com as artes plásticas. Louzeiro disse em uma entrevista à revista Caros Amigos "O Lúcio Flávio tinha tudo para ser um grande pintor. Ele queria ser pintor, político ou padre. Só para vocês terem idéia, quando ele morreu, me deixou um livro do Fernando Pessoa todo anotado. Chegou a pintar uns cinqüenta quadros. (...) Com muita influência do Modigliani (...) Uma pessoa doce transformada num bicho". Se uma pessoa doce pode ser transformada num bicho, por que não o contrário?

Arte é indagação, mas também é esperança. É só com a arte e com a cultura que uma civilização prospera. Recuperemos, portanto, quantas obras de arte forem possíveis. E criemos novas obras. Obras que deixem para a posteridade a noção de que uma sociedade melhor é possível. Obras que libertem as mentes. Obras que nos traduzam e que inspirem aqueles que serão traduzidos depois de nós.

21 de setembro de 2006


Céu azul, pássaros voando alto. Clima seco. Uma mistura de cotidiano e ritual. Vida que nasce na copa das árvores e que morre na caça. Sensação de movimento e cena congelada na fração do segundo representado. Contraste. A terra e a pedra. O cinza, o verde e as roupas coloridas que ressaltam o dourado na soberania. Árvores altas de tronco longilíneo deixando a paisagem esguia e imponente. Pessoas e cavalos se confundem no cortejo, disputam espaço no aglomerado. Rostos apáticos aos que seguem o único que procura interagir com o observador, que pede clemência com o olhar.
Depois de um longo caminho, exausto dos seguidores, o recém apossado Rei do Império austro-húngaro, Baltazar VI, deixa seu reino para encontrar aquela que será por imposição sua esposa Manoela, a Tarada. Mal sabe Manoela, a Tarada, que o nobre senhor deixa em seu castelo aquela que será para sempre o seu grande e único amor, a serviçal Frida, a Serelepe.
Bataltazar VI, vulgo Baltinho pensa na amada a qual ficará meses sem desfrutar do amor livre julgado pecaminoso. As sombras da torre acobertavam aqueles encontros proibidos, regados pelo desejo selvagem de quem dá-se ao seu amado.
Enquanto isso, os vassalos seguem seu Rei, acreditando em sua idoneidade, julgando-o um louvor dos costumes e dos valores familiares. Alguém em quem se inspiravam para um dia chegar ao reino dos céus e quiçá atingir riqueza e sabedoria semelhantes ao de seu líder.
Já passa da 1h e, portanto, dia 20 se fez ontem. Ainda assim, uma nota:

" A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) completa hoje 60 anos. Neste período a entidade vêm se destacando pela defesa dos interesses dos jornalistas - e de todos os - brasileiros. Bandeiras como a qualidade do jornalismo, a dignidade dos jornalistas, a liberdade de expressão e de imprensa, a consolidação da democracia e justiça social têm dado a tônica das atividades nestas seis décadas.A FENAJ entrou para a história do sindicalismo brasileiro ao ser a primeira federação de trabalhadores a realizar eleições diretas para a diretoria. Não menos importante foi também o engajamento com as principais causas da sociedade civil brasileira, da luta contra a ditadura e do movimento pela anistia ao impeachment de Collor, mostrando a vocação e o destemor diante das grandes batalhas. Sem jamais perder a coragem, a FENAJ também foi a primeira entidade brasileira a assumir a luta pela democratização da comunicação, contra o monopólio dos grandes grupos empresariais e em favor da criação de políticas públicas para o setor."

Assumo o Ctrl+C Ctrl+V acima realizado por conseqüência de um sono incontrolável que barra minha criatividade no momento! Mas, fica registrada a 'velinha a mais' no bolo da FENAJ.



Interessante a quem interesse tiver [a redundância foi proposital!!!]:

"Carlos Castilho vêm à UFSC falar sobre tendências do jornalismo online
19/09 - O jornalista Carlos Castilho estará ministrando a aula inaugural das disciplinas de Webdesign, Redação para Internet e Jornalismo Online da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na próxima segunda-feira, 25 de setembro. A palestra, que terá como foco a questão da mudança de valores e rotinas no jornalismo através da Internet, ocorre a partir das 14 horas no Auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE).O evento, aberto ao público, é promovido pelo Núcleo de TV Digital e pelo Núcleo de Produção editorial do Curso de Jornalismo da UFSC.Castilho, que já foi - entre outros - editor internacional do JB, correspondente do jornal português Público, chefe do escritório da TV Globo em Londres, mantém atualmente o blog Código Aberto no site Observatório da Imprensa."

Foi outro Ctrl+C Ctrl+V assumido! Não façam isso em casa!





Beijos aos aspirantes e a quem mais por aqui passar! :)

18 de setembro de 2006

Nunca entendi muito de política. Assim como quase todas as pessoas que conheço não gosto de falar do assunto, sou alheia ao que acontece e geralmente me sinto ignorante ao que se refere ao tema. E – vergonhosamente – admito ter preconceito com campanha eleitoral.
Este ano, entretanto, de alguma forma vi-me interessada nas eleições. Lembro que a primeira vez que votei, fiquei muito emocionada por poder exercer minha cidadania, senti o quão participativa da democracia seria naquele momento tão simplório da votação. E é essa sensação que tenho agora.
Na história do Brasil, aparecem em diversos momentos, personagens lutando pela possibilidade de votar. Basta pensar nos muitos casos de pensadores que foram violentamente agredidos e algumas vezes exilados em prol dessa busca pela liberdade de se expressar e participar da democracia, no período da ditadura militar.
Lutava-se incessantemente pelo direito de votar e nós brasileiros privilegiados que somos – ironicamente - distorcemos nossa visão. Não votamos pelo DIREITO de votar, e sim pelo DEVER. Reclamamos constantemente que estamos insatisfeitos com o que acontece no meio político, ao mesmo tempo em que nos colocamos de fora da situação. Concedemos aos poucos interessados no assunto o nosso direito de participar.
Sou contra a obrigatoriedade do voto, totalmente a favor do voto livre, espontâneo. Creio que nesse caso, pensaríamos melhor em quem votar. E dificultaria a manipulação daqueles que ainda compram votos. Mas já que, por enquanto, não temos opção, então que no dia 30 façamos de forma consciente e responsável. Assim, teremos feito nossa parte. Cabe aos eleitos fazer o quê se propuseram a fazer.

16 de setembro de 2006

Cheio de dedos

Três cadeiras estão no palco do Teatro Álvaro de Carvalho,aguardando a chegada dos músicos.É noite de sexta-feira,15 de setembro.
O projeto Floripa Instrumental trouxe à cidade bons nomes da música brasileira, quarta foi o gaúcho Renato Borghetti,quinta o mineiro Toninho Horta.O último dia reservou-se a Guinga,violonista e compositor de Madureira,RJ.Marcado para as 20h30,começa com pouco mais de 15 minutos de atraso.Com um moletom azul-marinho escrito ‘ST2’,sobe ao palco sob intensos aplausos.À sua direita Jessé Sadoc,a cargo dos metais.Retira o violão do case,engata o cabo,dá uma pequena saudação à platéia.Inicia-se então o espetáculo.
Os dedos da mão direita acariciam as cordas,os da esquerda precionam-nas firmemente,deslizando entre as casas.As luzes do palco incidem sobre os instrumentos,produzindo reflexos difusos nas paredes históricas do TAC.Violão e trompete fundem-se em fluxos e devaneios acompanhados de perto pelo público que lota a casa.Após duas canções Guinga fica só –Jessé sairia e voltaria algumas vezes– demonstrando sua maestria,seu dom para tocar violão.
O banco da esquerda é finalmente ocupado;vem ao palco Marcus Tardelli,apresentado por Guinga como maior violonista do Brasil.O elogio não é a toa.É “obrigado” pelo dono do show a tocar duas músicas,o instrumento apenas com microfone,como João.Depois um duo de violões,Jessé volta ao palco.A voz rouca –e padecendo de alguma tosse– de Guinga canta ‘Noturno Copacabana’,parceria com Francisco Bosco,filho de outro João.Também ‘Senhorinha’,homenagem à filha,feita com Paulo César Pinheiro.
Retiram-se do palco já sabendo que voltam para o bis.Tocam mais uma música,o show termina por volta das 22h.A extrema competência é recompensada com aplausos deveras entusiasmados.Fica,tanto nos músicos quanto no público,a certeza de uma ótima noite.

14 de setembro de 2006



Esse é um blog sério!
...tá, nem tanto assim.

Esse é um blog crítico!
...sim, aceitamos críticas também.

Esse é um blog correto!
...não, ainda somos humanos.

Esse é...um blog!


O intuito é ter um espaço em que uma turma de estudantes de jornalismo possam publicar seus devaneios, seus medos, seus anseios, seus primeiros trabalhos e até uma piada. Enquanto não temos nenhum superior azucrinando nossas orelhas e predeterminando o que temos ou não que falar, escrever, fotografar ou gravar, exploramos uma tal de liberdade [sem aprofundar muito o conceito] e não poupamos pensamentos.
E por que não pensar em uma revolução? Uma retomada de princípios que foram deixados no acostamento do jornalismo que é posto em prática [ou que deixa de ser praticado, e esse é o problema] atualmente. Matérias revestidas de publicidade, de política, de interesses, de qualquer coisa, menos de informação. O olho nem tudo vê!

Não só aspirantes a jornalistas. Somos aspirantes a mudanças! Aspirantes e atuantes! Porque não adianta só ficar se perguntando 'e agora, José?' e sair correndo quando apagarem a luz!



Importante ressaltar que somos uma turma unida que permanece unida e segue unida desde o começo do começo da união, no primeiro semestre de 2005. Como sempre escrevemos nos cabeçalhos: CJM/Unisul.





Por Arielli Secco
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