31 de dezembro de 2010

Acabou-se o ano.

23 de dezembro de 2010

Coluna Ponto Final, por Carlos Damião - jornal Notícias do Dia


Pedro Mox/Divulgação/ND
Descaso

Poder. Trânsito de carros-fortes no calçadão impressiona a cidadania

Absurdo

O jornalista Pedro Mox não se espantou com a imagem que publicamos aqui, ontem, mostrando um carro-forte em meio à multidão, no calçadão da rua Conselheiro Mafra. Tanto que enviou essa outra foto, muito mais intrigante: três desses veículos empoleirados. Ele questiona a tolerância a esse tipo de procedimento em Florianópolis, já que em outras grandes cidades isso não é permitido.

‘Laissez-faire’

Ainda do jornalista Pedro Mox sobre a desordem urbana em Florianópolis: “É uma espécie de ‘laissez-faire’ mané, onde, na ausência da autoridade municipal, qualquer um se julga no direito de ocupar o espaço público de acordo com sua conveniência. É assim com grandes lojas de departamentos, com caixas de som alugando o ouvido de todos, e com os carros-fortes”.

20 de dezembro de 2010

A Atlântida já foi uma rádio boa, na minha opinião. Eu escutava-a muito, quando estava no segundo grau, até no começo da faculdade se bobear. Tocava várias bandas que rock as quais curtia, brasileiras ou gringas. Por tabela, nunca gostei da jovem pan, que tinha uns eletrônicos muito chatos e as coisas que estavam na modinha: boys e girls bands, coisas do tipo. A Atlântida, contudo, mudou. E seu famoso festival, igualmente.


A primeira edição do planeta Atlântida, no verão de 1998, aconteceu no estacionamento da boate Ibiza, em Jurerê. Provavelmente era o maior lugar que a capital catarinense podia oferecer para um espetáculo de tal tamanho: seis atrações renomadas nacionalmente, mais duas locais. Aliás, esta é uma constante, com mais ou menos peso, sempre alguém representa a música local. Daqui, em 98, tocaram Bandit e Senti Firmeza. Também Lulu Santos, Jota Quest, Tim Maia (sendo seu último show completo), Gabriel O Pensador, Fernanda Abreu e Daniela Mercury.


Quiçá Senti Firmeza e Daniela Mercury destoassem um pouco da programação, porém o line-up era perfeitamente aceitável. Condizia com o que tocava na rádio. Nos anos seguintes passaram pela ilha da magia nomes de peso no cenário roqueiro brazuca: de Raimundos e Planet Hemp a Lulu Santos e Skank. Os primeiros, contudo, não tocariam hoje na rádio. E com estas mudanças, chegamos a 2011, cujos shows foram divulgados esta semana.Para pior. Não animam nem um pouco. Sertanejos universitários (seja lá o que isso seja), Luan Santanna e mais dois que nunca ouvi falar; coloridos Restart; o que sobrou do Charlie Brown Jr; Chimarruts; Jeito Moleque. Pouca coisa que anime alguém a sair de casa. Temo que o show do Monobloco lembre o Los Hermanos de 04. Nem Nando Reis ou Capital Inicial salvam. Felizmente a Ilha continua lembrada, Dazaranha e Iriê.


Temo que o caldo tenha começado a desandar no ano de 2006, quando Inimigos da HP e DJ Marlboro foram convidados. Nos anos seguintes apareceram Ivete Sangalo, Babado Novo, Victor e Léo. Que, convenhamos, nem com as mudanças na programação tocam no 100.9. Hoje, tal dial não ajuda muito os ouvidos – segue sim a cartilha dos sucessos momentâneos, dentro do que o mercado da música dite. Agrada a maioria, desagrada aos que não se encaixam ao padrão.


Já gravei várias fitas ouvindo rádio. Lá estão Lenny Kravitz, Legião Urbana, O Rappa, até Slipknot e Karnak. Se fosse gravar hoje, acho que a fita pegaria poeira por falta de uso.

16 de dezembro de 2010

81 senadores + 513 deputados=594 elementos.
26.723,13=novo salário do congresso, presidente e demais abutres.
594x26.723,13=15.873.539,20!

eu me sinto ridículo por assistir uma realidade assim. quaisquer desculpas por falta de orçamento foram e continuarão sendo uma mentira, enquanto houver um congresso - quiçá executivo, judiciário e legislativo - que custem tal enormidade. sem contar todos os auxílios gasolina, terno, puta e pó, enquanto o cidadão comum sua e sangra para viver com mínima dignidade.

Só tirando um por um do "prato pra cima" e do "prato pra baixo" em fila indiana direto pro paredão.

7 de dezembro de 2010

Prêmios, troféus e festinhas


Ontem, seis de dezembro de 10, foram conhecidos os ganhadores dos prêmios relativos aos melhores do campeonato brasileiro. Até 2004, o único – e na minha opinião – mais importante troféu era a bola de prata da revista Placar. A partir de 05 a CBF resolveu também ter uma premiação e surgiu o craque do brasileirão. Ano passado o canal por assinatura Sportv inaugurou o troféu Armando Nogueira. Diferente dos dois primeiros, o AN premia as melhores médias, não fazendo uma escolha por posição. O que há é a montagem de uma “seleção” com os jogadores que atingiram a melhor média em cada posição, não significando qualquer prêmio.


No prêmio de Placar, jornalistas assistem todas as partidas do campeonato, atribuindo notas de 0 a 10 aos jogadores. Ao final, os que alcançam melhores médias são contemplados. Fórmula igual foi escolhida para a definição do vencedor do Sportv. Já o craque do brasileirão é escolhido mediante votação, na qual participam jornalistas, jogadores e treinadores. Os jogadores normalmente são escolhidos no mês de novembro.


Porém, deixando um pouco de lado todo este preâmbulo, ao que interessa. O bola de prata aconteceu em São Paulo, no Museu do Futebol, no início da tarde, e foi transmitido pela ESPN. O craque do brasileiro foi à noite, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e teve transmissão da Sportv. A primeira cerimônia foi relativamente curta, sem frescuras nem delongas. No pequeno auditório jogadores que receberiam a bola, bem como os responsáveis pela entrega, e jornalistas. A segunda teve o Municipal lotado – políticos, cartolas e alguns jogadores - shows musicais, mágica, discursos, homenagens, enfim.


Fica clara a diferença, para mim pelo menos. Placar premia os melhores da competição, ponto. No Rio, o negócio é bajular a confederação brasileira de futebol. Seu presidente, chamado ao palco, foi vaiado pela “turma do fundão” – torcedores que foram privados de ver seu time levantar a taça legitimamente no gramado; afinal ela foi erguida ontem à noite por Fred, Conca e cia, horas depois de ter-se sagrado campeão. E, se duvidar, por alguns espectadores mais renomados. Nos discursos, uma tentativa de mostrar como nosso campeonato está maravilhoso, não tem problemas(?) e o país está pronto para receber a copa do mundo(??). Problemas, com organização, estrutura, maracutaias financeiras? Ora, deixem isto para o mundial passado.


Mas, tratando do futebol, que realmente interessa. As divergências entre escolhas foram mínimas. Quiçá apenas existiram pela diferença de critérios quanto ao posicionamento. Minhas escolhas não fugiriam destes que aí aparecem.


Eis a bola de prata: Fábio (Cruzeiro), Mariano (Fluminense), Chicão (Corinthians), Alex Silva (São Paulo), Roberto Carlos (Corinthians); Elias (Corinthians), Jucilei (Corinthians), Conca (Fluminense), Montillo (Cruzeiro); Neymar (Santos), Jonas (Grêmio). Bola de ouro: Conca.


Craque do brasileirão: Fábio, Mariano, Dedé (Vasco), Miranda (São Paulo), Roberto Carlos; Jucilei, Elias, Montillo, Conca; Neymar, Jonas. Craque do campeonato: Conca.


Troféu Armando Nogueira (levando em conta os mais bem avaliados por posição): Victor (Grêmio), Gabriel (Grêmio), Alex Silva, Dedé, Roberto Carlos; Elias, D’Alessandro (Internacional), Montillo, Conca; Neymar, Ricardo Oliveira (São Paulo). O troféu ficou Montillo, que obteve a melhor média.

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