7 de dezembro de 2010

Prêmios, troféus e festinhas


Ontem, seis de dezembro de 10, foram conhecidos os ganhadores dos prêmios relativos aos melhores do campeonato brasileiro. Até 2004, o único – e na minha opinião – mais importante troféu era a bola de prata da revista Placar. A partir de 05 a CBF resolveu também ter uma premiação e surgiu o craque do brasileirão. Ano passado o canal por assinatura Sportv inaugurou o troféu Armando Nogueira. Diferente dos dois primeiros, o AN premia as melhores médias, não fazendo uma escolha por posição. O que há é a montagem de uma “seleção” com os jogadores que atingiram a melhor média em cada posição, não significando qualquer prêmio.


No prêmio de Placar, jornalistas assistem todas as partidas do campeonato, atribuindo notas de 0 a 10 aos jogadores. Ao final, os que alcançam melhores médias são contemplados. Fórmula igual foi escolhida para a definição do vencedor do Sportv. Já o craque do brasileirão é escolhido mediante votação, na qual participam jornalistas, jogadores e treinadores. Os jogadores normalmente são escolhidos no mês de novembro.


Porém, deixando um pouco de lado todo este preâmbulo, ao que interessa. O bola de prata aconteceu em São Paulo, no Museu do Futebol, no início da tarde, e foi transmitido pela ESPN. O craque do brasileiro foi à noite, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e teve transmissão da Sportv. A primeira cerimônia foi relativamente curta, sem frescuras nem delongas. No pequeno auditório jogadores que receberiam a bola, bem como os responsáveis pela entrega, e jornalistas. A segunda teve o Municipal lotado – políticos, cartolas e alguns jogadores - shows musicais, mágica, discursos, homenagens, enfim.


Fica clara a diferença, para mim pelo menos. Placar premia os melhores da competição, ponto. No Rio, o negócio é bajular a confederação brasileira de futebol. Seu presidente, chamado ao palco, foi vaiado pela “turma do fundão” – torcedores que foram privados de ver seu time levantar a taça legitimamente no gramado; afinal ela foi erguida ontem à noite por Fred, Conca e cia, horas depois de ter-se sagrado campeão. E, se duvidar, por alguns espectadores mais renomados. Nos discursos, uma tentativa de mostrar como nosso campeonato está maravilhoso, não tem problemas(?) e o país está pronto para receber a copa do mundo(??). Problemas, com organização, estrutura, maracutaias financeiras? Ora, deixem isto para o mundial passado.


Mas, tratando do futebol, que realmente interessa. As divergências entre escolhas foram mínimas. Quiçá apenas existiram pela diferença de critérios quanto ao posicionamento. Minhas escolhas não fugiriam destes que aí aparecem.


Eis a bola de prata: Fábio (Cruzeiro), Mariano (Fluminense), Chicão (Corinthians), Alex Silva (São Paulo), Roberto Carlos (Corinthians); Elias (Corinthians), Jucilei (Corinthians), Conca (Fluminense), Montillo (Cruzeiro); Neymar (Santos), Jonas (Grêmio). Bola de ouro: Conca.


Craque do brasileirão: Fábio, Mariano, Dedé (Vasco), Miranda (São Paulo), Roberto Carlos; Jucilei, Elias, Montillo, Conca; Neymar, Jonas. Craque do campeonato: Conca.


Troféu Armando Nogueira (levando em conta os mais bem avaliados por posição): Victor (Grêmio), Gabriel (Grêmio), Alex Silva, Dedé, Roberto Carlos; Elias, D’Alessandro (Internacional), Montillo, Conca; Neymar, Ricardo Oliveira (São Paulo). O troféu ficou Montillo, que obteve a melhor média.

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