31 de outubro de 2008

Por um jornalismo mais rock n' roll



The 5.6.7.8 s - I Walk Like Jayne Mansfield

Para quem não lembra, faz parte da trilha do filme Kill Bill vol. 1.

p.s.: ainda me caso com uma japa baterista!

30 de outubro de 2008


Elas estavam na mesa de fora, logo vi. De dentro do tabalho já as percebia, o café foi por acaso, só para sair mesmo. Caminhei devagar até o bar, uma usava óculos, a outra tinha o cabelo curto, bem com cara de argentina. Ambas com alargadores maiores que o meu, deveria ter uns 20mm. A argentina calçava um tênis sem cadarço, estilo slip-on, mas o da Rainha, azul escuro. A outra uma sapatilha engraçada, verde-escura. Sobre a mesa uns cadernos de desenho, canetas variadas.


Peguei meu leite com café e sentei próximo. A argentina levanta, vejo uns desenhos de sapatos de mulher. Só podiam ser da moda ou design mesmo. A de óculos usa short de risca de giz, e tem a perna tatuada com flores ou algo do gênero. Foi comprar café e uma barra de chocolate, e volta com uns pirulitos também. Afasta um pouco o caderno, olha o desenho. Olha, enquanto abre o diamante negro. A outra pega um pirulito, concentrada, não sei o que desenha. Enquanto come o chocolate olha para os lados, como se verificasse o ambiente. Está de costas para mim, a outra senta à sua frente em diagonal - na minha frente.


Acabando o lanche, pergunta como está o desenho da outra. Ela pára, tira os óculos, mexe no piercing no lábio. Não ouço o que reponde, apenas que solta o cabelo e arruma a blusa azul marinho que esconde um sutiã verde-limão de alças finas. Parece ser um trabalho de aula, deve ser melhor do que escrever matérias. Embora não tenha sol, ela troca os óculos por escuros de lentes quadradas. Na bolsa entreaberta uma caixa de remédio para dor de cabeça, um isqueiro cor-de-rosa, carteira amarela de borracha - com cara de comprada na oscar freire.


Já a bolsa da argentina é bem pequena, ela deve carregá-la dentro da mochila cinza com alguns rabiscos, da qual tira um pulôver com gola alta. Venta um pouco, garanto que há um cachecol entre suas coisas. O meu ficou na sala. O isqueiro rosa acende um palheiro, a dona da mochila reclama da fumaça. A de óculos inutilmente o segura abaixo da mesa. Vejo que têm uma palavra tatuada no antebraço, pequeno, delicado. Não consigo ler. O café acabou, mas a matéria ainda não está pronta. Volto ao expediente. Com certeza tem horas que escrever é muito chato.

28 de outubro de 2008

Um, dois...Um, dois, três, vai!

Garagem mostra vocação e abre espaço para bandas fazerem sua estréia



Por volta das 21 horas de sexta-feira (24), o primeiro acorde balançou as janelas das casas do bairro Pedra Branca, em Palhoça. Era o início de mais uma edição do Garagem. O festival de bandas da Unisul reuniu nove bandas ao longo de duas horas e teve de tudo: de punk rock ao reggae, além de cantos africanos.

A primeira banda a subir ao palco foi Tapa na Colméia. Tocando com a atual formação desde a segunda metade do ano passado, o grupo que inclui integrantes vindos de Imbituba e de Florianópolis. O punk do grupo já foi visto em outros palcos da Grande Florianópolis. No Garagem, a banda liderada pelo vocalista Gene Rocker chegou também para lançar o seu primeiro cd, intitulado “De volta para o passado”.

A banda Ehoe, que começou a tocar no início deste ano, estreou no Garagem. O sonho deles é o mesmo de todos os outros que subiram ao palco naquela sexta: poder viver de música. Em seguida, o grupo Árvore Sagrada, que acabou sendo a surpresa da noite. Com um som completamente diverso do que se esperaria em um festival de bandas universitárias. Cantos africanos de paz, contrapuseram os acordes pesados do rock n’roll.

“Estamos muito felizes em participar, em transmitir nossa mensagem. Se formos premiados nossa alegria será maior ainda”, disse Sarah Gomes acadêmica 8ª fase de Naturologia. Mal sabia ela que o grupo ficaria com o segundo lugar do festival.

Logo depois, vieram os já nem tão adolescentes da Caravan 87. A banda formada por sete integrantes tem apenas uma mulher, a vocalista e estudante de jornalismo Arielli Secco. A banda, na qual tocam os dois irmãos de Arielli, diz viver um novo momento agora. Seus objetivos são “escrever, reescrever e reunir composições para iniciarmos uma divulgação do nosso trabalho na internet e tocarmos o que gostamos de tocar”, conta a vocalista.

Os Quantos também estrearam no Garagem. A banda de Palhoça está a apenas três meses ensaiando. Dizem que, quando começaram, não sabiam do festival da Unisul. O músico Luiz Guilherme conta que o mote da banda “é levar uma mensagem de paz através de suas letras”.

A última participação feminina veio com a banda ZIG, da vocalista Daliane Lebage. Eles já tocam juntos há cerca de um ano e dois meses, mas o show no festival foi apenas a terceira apresentação do grupo de São José, que tem influências de pop rock nacional e internacional.

Então, o reggae tomou conta do palco. A banda Livre Consciência, que ficou em terceiro lugar, nas palavras do vocalista, Piero Diogo, acredita que “o que vale é a musica. Ela existe para somar e não para dividir”. Eles já são veteranos. A banda toca junta há três anos.

Os últimos acordes punks chegaram com a banda Stallones, de São José. Em seguida, a banda Não Contém Glúten fechou o festival, lá pelas 23 horas. Os músicos acabaram levando o título de melhor banda. Eles só tocam músicas autorais, mas ainda não gravaram seu primeiro álbum. Atualmente, divulgam seu trabalho pela internet, no site www.naocontemgluten.palcomp3.com.br.

“Queremos gravar um cd e estamos na busca desse objetivo, com poucos recursos e pouca idade, mas cheios de vontade de revolucionar o mundo. Por isso roupas estranhas, musicas próprias, e tudo mais que for diferente ou até, estranho”, revela o vocalista Ted Pepito.

Este ano, o Garagem não foi só das bandas. No lado direito do palco, o artista Rodrigo Guerra desenhava um painel especial para o festival. Natural de Porto Alegre, vive em Florianópolis há 14 anos e inspira sua arte na “rua, no urbano, na arquitetura”.

O público também foi protagonista da festa. Ainda que reduzido, devido principalmente ao mau tempo, garantiu a animação. Os fãs da banda Os Quantos ainda levaram para casa o prêmio de 300 reais, escolhidos como melhor torcida. As bandas que ficaram com os três primeiros lugares ganharam prêmios de 900, 700 e 500 reais, respectivamente.



Colaborou na reportagem: Alessandra Oliveira, 4ª fase de jornalismo.
Na foto, os integrantes da banda vencedora.

27 de outubro de 2008

Bajofondo - El Mareo

A qualidade do vídeo não é a melhor, porém além da música ser excelente foi a primeira vez que vi o conjunto em ação



graff

24 de outubro de 2008

23 de outubro de 2008

Por um jornalismo mais rock n' roll

The Grateful Dead - Casey Jones


Queria que as ruas daqui tivessem nomes mais interessantes, como em BH.
Pium-í, Passatempo, Boa Esperança, muito mais poético.

18 de outubro de 2008

Vive la Fête
Acabei não fazendo o podcast (ainda) do vive la fête, que já passou por sp, brasília e hoje se apresenta no rio. Porém, a passagem dos belgas por cá não fica em branco. Segue matéria feita no programa metrópolis, da tv cultura.


10 de outubro de 2008

Podcast Aspirantes #2

Releve-se se falei demais. A banda é muito boa.

Acabando a monografia faço um intensivo de movie maker.

7 de outubro de 2008

Por um jornalismo mais rock n' roll

Lennon ao vivo, tocando música do famoso álbum branco dos Beatles. Uma bela canção.

John Lennon - Yer Blues

6 de outubro de 2008

Maldito cursor

O maldito cursor pisca na tela do computador. Escrever é mais difícil do que parece. Às vezes, as palavras insistem em nos faltar. Mas ele continua piscando. Está à espera de alguma letra. Qualquer que seja. Quem programou este maldito com certeza não tem alma. Escritor não é.

Ele me encara. Pisca de maneira irritante. Escrevo apenas para não ver mais esta pequena coisa que pensa que é gente. Quando as letras saem do teclado para a tela, ele cessa a espera. É como uma criança que fica alegre por receber um presente. Eu o vejo assim.

Queria conversar com ele. Perguntaria se algum dia já se irritou por me ver ficar horas olhando para ele, sem ganhar uma letrinha sequer. Nem mesmo um símbolo, como um ponto ou um travessão. Diria que ele me faz muito mal. Não é sempre que há inspiração. E quando há, palavras talvez não sejam a melhor maneira de expressá-la.

Sim, meu colega de trabalho, é preciso que alguém lhe ensine isso logo. Nem todo sentimento pode ser descrito. Ao menos, não com palavras. Você não se cansa de ficar piscando o dia todo? Em seu lugar, mudava de postura ou de profissão. Ficar o dia inteiro na tela dos outros, piscando e piscando e piscando... Quem pensa que é? O computador é meu, a tela é minha. Sabe que você invade minha privacidade ao piscar e piscar...

Mais que isso. Você desafia meus sentimentos, minhas dores. Faz-me sofrer mais. Não sabia ainda? Oras, realmente, como você é mesquinho… e cínico!

Ainda entro nesta tela. Eu o desafiarei. Por que não expressa, você, seus sentimentos?

Ah, sim. Como sou tolo. Você não sente. Apenas aguarda. A próxima letra, por favor.

Fecharei a janela agora. Desculpe se fui grosso. Nos vemos mais tarde. Com um texto melhor. Ou não.

5 de outubro de 2008



av. dos bandeirantes/BH

3 de outubro de 2008


Bom lembrar, já que não vi a rede globo noticiando isso. Tirado do fenaj.org.br

Mais de 70% da população brasileira quer jornalista com diploma
A pesquisa de opinião nacional FENAJ/Sensus, divulgada nesta segunda-feira (22), em Brasília, registra que a grande maioria da população brasileira é a favor da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Dos dois mil entrevistados em todo Brasil, 74,3% se disseram a favor do diploma, 13,9% contra e 11,7% não souberam ou não responderam.

Os dados foram muito comemorados pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e pelos Sindicatos de Jornalistas. Para o presidente da Federação, Sergio Murillo de Andrade, este é melhor apoio que a campanha poderia obter e o resultado da pesquisa renova as forças dos que estão lutando pela regulamentação profissional. "Esses números da pesquisa mostram que a população brasileira tem a real dimensão da importância do jornalismo para o País e que quer receber informações de qualidade, apuradas por jornalistas formados".
Murillo afirmou, também, que esses dados ficam ainda mais importantes com a proximidade da votação da exigência do diploma pelo STF e espera que ministros percebam o desejo da sociedade. "O STF tem a chance de mostrar à população que anda junto com seus anseios, reconhecendo que jornalismo precisa ser feito por profissionais com formação teórica, técnica e ética e que o jornalismo independente e plural é condição indispensável para a verdadeira democracia".
A Pesquisa FENAJ/Sensus quis saber, também, o que a população acha da criação do Conselho Federal dos Jornalistas. Para a pergunta: o sr. (a) acha que deveria ou não deveria ser criado um Conselho Federal dos Jornalistas, para a regulamentação do exercício da profissão no País – como as OAB's para os Advogados e os CREA's para os Engenheiros, o resultado foi que 74,8 % acham que o Conselho deveria ser criado, 8,3% que não deveria ser criado, para 6,5% depende e 10,4% não sabem ou não responderam. A última pergunta relacionada ao tema foi sobre a credibilidade das notícias. Parte dos entrevistados, 42,7%, disseram que acreditam nas notícias que lêem, ouvem ou assistem, 12,2% que não acreditam, 41,6% que acreditam parcialmente e 3,5% não sabem ou não responderam.

A Pesquisa foi realizada de 15 a 19 de setembro, com dois mil questionários aplicados em cinco regiões brasileiras e 24 estados, com sorteio aleatório de 136 municípios pelo método da Probabilidade Proporcional ao Tamanho – PPT. A margem de erro é de mais ou menos 3%.

2 de outubro de 2008

Por um jornalismo mais rock n' roll

Esse é um post um pouco diferente dos anteriores. Vejam o garoto de oito anos no vídeo abaixo e comentem, seus cães leprosos do oceano. (Gostaram da tiradinha capitão de navio pirata?)

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