30 de julho de 2007

Paninas

Acabou o Pan. Foram duas semanas de esportes, coisas engraçadas da nossa imprensa e muita bajulação - nunca vi tanta gente se orgulhando em ser brasileiro.
-Até que estava legal a cerimônia de encerramento. O Telefunka, banda mexicana que tocou, som interessante. Apresentação da Fernanda Abreu foi comédia. Não entrarei no ponto do funk carioca ser uma bosta,Vir pro encerramento cantar dizendo que ali estava a favela e não sei mais o que. Me mostra um morador de comunidade carente que assistiu um jogo do futebol feminino ou qualquer outro evento fechado. Tão achando que todo mundo pode pagar o ingresso baratinho dos estádios e ginásios? E os índios tocando, que piada. Tiraram toda terra dos ciotados, extraviaram sua cultura, ninguém dá a mínima para a questão indígena no Brasil. Mas põe eles para tocar no Pan.
-Orçamento dez vezes maior que o previsto, um monte de picaretagens no Cob, instalações que serão privatizadas, dinheiro do povo direto para o bueiro -ou pior, para bolsos alheios-, comunidades carentes cujas condições só pioram, todo mundo achando que o Rio está uma maravilha porque foi sede do Pan. Apesar de tudo isso quero fazer um texto sem problemáticas políticas, tratando apenas de esporte. Deixo essas questões para o http://brasil.indymedia.org/pt/green/2007/07/388805.shtml.
*****
-A partida final de futebol feminino foi boa, temos equipe de qualidade e ano que vem acredito no Ouro olímpico.
-Uma pena as meninas do vôlei terem perdido. Depois de Atenas, nova derrota em solo brasileiro. Sorte para elas no Grand Prix.
-Ouros para basquete e futsal. Espero que, este na copa e aquele nas olimpíadas, repitam o bom resultado.
-A delegação brasileira, composta por 659 atletas, angariou 161 medalhas. Foram 54 ouros, 40 pratas e 67 bronzes.
-São duas potências no Pan: Os Eua, que lideram jogos olímpicos sem dúvida sairiam daqui na liderança do quadro de medalhas. Cuba, como sempre, foi o segundo lugar. E Cuba, sem dúvida, é um exemplo. Seu trabalho de base não visa a formação de atletas, mas de cidadãos. O resto é consequência.
-Gostaria de ter algo mais a escrever, contudo não lembro muita coisa. Talvez numa próxima oportunidade.
-O oi de Mário Vazquez Raña foi impagável

24 de julho de 2007

Paninas

Começou o Pan do Brasil. Começou semana passada, e não escrevi nada. Neste domingo acaba, e não poderia deixar de escrever algo sobre tal evento. Adiante vem mais.
-A medalha que mais curti foi a do taekwondo. Além de ser uma figura, Diogo Silva é um dos muitos atletas sem apoio que, enquanto milhões são investidos nas insatalações esportivas, fica sem nenhum centavo de patrocínio ou governo. Nosso país gastou com estrutura em 2007 mais do que em quatro anos em apoio a atletas. Por isto o desabafo de Diogo na final foi muito, muito pertinente. Bem como o de Natália Falavigna, que merecia o ouro. Bem como toda equipe dessa arte marcial.
-O futebol feminino dá show. É mais gostoso vê-las do que o time da Copa América. Jogam para frente, soltas, sempre visando o gol. E proporcionam cada lance... Queria a Marta no Palmeiras.
-Bom ver o Brasil faturando medalhas em esportes pouco conhecidos. Como: Ouro no pentatlo moderno fem. e patinação artística mas.; prata no boliche duplas mas; bronze no squash e badmington. E que os tradicionais também vão bem, como natação, ginástica e judô.
-Eua são fora de cogitação. É uma potência mundial. Cuba é um exemplo, como em quase tudo. O Brasil está bem à frente do Canadá, objetivo do COB para esse pan.
-Não entendi porque as seleções de futsal e basquete não usaram seus uniformes tradicionais, e sim um "genérico" com a bandeira nacional. Já o futebol usa o "oficial". Será que tem algo relacionado a dinheiro?

22 de julho de 2007

Ilustrada


21 de julho de 2007

Na última semana aconteceram as eleições para a Federeção Nacional dos Jornalistas. Até gostaria de ter me aprofundado um pouco mais no assunto, em todo caso.
Duas chapas concorreram, Orgulho de ser Fenaj e Luta Fenaj. Ambas tem posições parecidas em assuntos como monopólio da grande mídia e coisas do tipo. Num ponto, contudo, há grande divergência. A Orgulho de ser Fenaj defende a criação do Conselho Federal dos Jornalistas e a formação específica para o exercício da profissão. A Luta Fenaj propõe que essa é uma carreira que não pode ser regulada, e que toda pessoa pode ser jornalista - sem necesariamente ser formado.
Com 3.614 votos - contra 1.239 da Luta Fenaj - a Orgulho de ser Fenaj foi reeleita para mais um mandato de três anos.

20 de julho de 2007

É ritmo... É ritmo de festa...



Começa a contagem regressiva para a regeneração da política brasileira. Hoje morreu o senador Antônio Carlos Magalhães. Com certeza, a maior parte dos mortos no acidente com o avião da TAM nesta terça não se importaram que deixemos um pouco o luto por eles de lado para comemorar este dia.

Antônio Carlos Magalhães está na política há mais de 40 anos. Entre seus grandes aliados sempre estiveram Roberto Marinho, José Sarney, Collor. Sua política consistia em, literalmente, acabar com todos os adversários.

Apoiou plenamente a ditadura militar. Fez parte da UDN (União Democrática Nacional, partido de direita) e da ARENA (Aliança Renovadora Nacional, partido do governo militar). Teve três mandatos de governador na Bahia. Em todos os anos que atuou na política, poucas vezes seus apadrinhados perderam as eleições.

Durante o governo de Sarney, foi ministro das comunicações. Sua trajetória neste cargo ficou marcada por diversas concessões liberadas em troca de favores políticos. Em 2001, um mais um escândalo de grandes proporções se abateu sobre a carreira do coronel baiano: ele foi acusado de ter violado o painel de votações do senado.

A única coisa que não deixa este dia completo, é que ainda há alguns outros "medalhões" como ACM na política brasileira. Mas se a justiça brasileira é lenta o bastante para não deixá-los pagar com duras penas todos os males que trouxeram à este país, com certeza o tempo e a idade tratarão de levá-los para longe de nós.

Mesmo assim, o dia de hoje deveria ser declarado como feriado nacional, pois a esperança que traz o falecimento do coronel baiano para o povo sofrido deste país é, sem dúvida, comparável ao dia da Independência.

18 de julho de 2007

Pergunta idiota...


Durante a cobertura do acidente envolvendo um avião da TAM em São Paulo, um repórter da Band News faz a seguinte pergunta a um membro da defesa civil:


"Como as pessoas do entorno do aeroporto estão se sentindo em relação ao acidente?"
Eis que o congresso se safou



Que as vacas me perdoem, mas comparar os integrantes do congresso brasileiro aos seus filhos é o mínimo que pode ser feito em um momento como este. Após semanas de intensa cobertura sobre o dinheiro supostamente irregular do presidente do Senado, Renan Calheiros, parecia que ia fazer aquela casa ao menos ficar com as bochechas vermelhas com um pouquinho de vergonha de si.

Mas agora tudo se foi. A única cor rubra que se verá neste país nos próximos meses será o das chamas da imensa tragédia ocorrida nesta terça-feira (18/07/06). A mídia brasileira não vai mais tratar de outro assunto daqui por diante. Milhares de "especialistas" tratarão das possíveis causas do acidente que vitimou, provavelmente, mais de 200 pessoas (até o momento da escritura deste ainda não haviam sido divulgados nenhum número oficial de vítimas totais) no aeroporto de Congonhas em São Paulo.

É óbvio que este blog sente pelas vítimas e pelas famílias que devem estar sofrendo pelo que ocorreu. No entanto, a nossa opinião é de que tudo o que acontece é resultado de diversos fatores juntos ou separados. Desta forma, acreditamos que o acidente em São Paulo, é resultado dos diversos desmandos contra a legislação do país, cometidos pelos políticos e seus financiadores há diversos anos. Sem dúvida, se eles tivessem uma maior preocupação com o povo desta nossa terra tão sofrida, dificilmente tragédias como essa e outras mais aconteceriam com tanta freqüencia.

A única coisa que nos cabe agora é lutar contra a impunidade que reina no Brasil e exigir de todas as autoridades que os responsáveis pelo ocorrido no aeroporto paulista sejam severamente punidos. O crime não está apenas naquele que rouba uma galinha para alimentar a família. O crime está também naqueles que levam o cidadão a roubar a galinha.

Esperamos também, que a mídia nacional pare de transformar este tipo de acontecimento em um grande show de imagens e depoimentos oficiais que não acrescentam absolutamente nada. No que for ao alcance deste blog, tentaremos buscar o máximo de informações daqui por diante para acrescentar mais conhecimento e menos sensacionalimo barato ao nosso leitor.

Mais uma vez, expressamos a nossa tristeza para com as vítimas e suas famílias. Que a justiça seja feita!

Arielli Guedes Secco
Pedro Brandão Ramos
Samuel da Silva Nunes

16 de julho de 2007

Futebolísticas - Uma visão nada imparcial do esporte nacional

Copa América 2007
-E, quem diria, o Brasil ganhou. Pois é, nosso país deu uma de Argentina. Foi para cima, solto, marcou bem e não deixou de atacar. Já os hermanos fingiram que eram o Brasil, dormindo em campo, criando quase nada.
O futebol apresentado pela Argentina credenciava-os ao caneco. Fizeram todos os jogos muito bem, à exceção de um - o de ontem. O Brasil foi o oposto, começou mal, continuou mal e resolveu jogar direito na decisão. Minha opinião não muda, eles tem um time melhor. O fato de sermos bi não anula as péssimas partidas apresentadas pela seleção. Mas Dunga pode, e vondade não deve faltar, mandar toda imprensa e corneteiros de plantão ficarem quietos.
Outro que mostrou trabalho e respondeu à altura um caminhão de reclames foi Júlio Baptista. Entrou bem na seleção e deve continuar titular. Nisso concordo com Dunga, seria injusto no próximo jogo tirar quem estava na Copa América. Ronaldinho e Kaká que esperem um pouco - o problema é manter o nível da equipe sem os dois.
Robinho foi melhor da competição e artilheiro. Mas continuo achando que Riquelme bate um bolão.
Tevez foi um bosta, normal para um ex-galinha. Palácio é melhor.
Doni não fez má competição, contudo não o acho goleiro para a seleção.
Temos agora as eliminatórias e Copa das Confederações. É esperar para ver.
O México passou pelo Uruguai por 3x1 e assegurou a terceira colocação. Mereceram.
O Pan está aí!
-Papo de boteco. A Adidas foi a marca mais presente nessa Copa América, patrocinando quatro seleções: Argentina, México (ex-Nike), Paraguai (ex-Puma) e Venezuela (Anfitriã). Brasil e Estados Unidos vestiram Nike. A Puma apareceu na camisa do Uruguai, Marathon na do Equador, Lotto na da Colômbia. A Whitsport estava com a Bolívia, no Chile a Brooks. Não descobri a do Peru.
-Nos pés dos atletas brasileiros, a Nike é quase unanimidade. Calçam suas chuteiras Hélton, Maicon, Daniel Alves, Juan, Alex, Gilberto, Cléber, Gilberto Silva, Mineiro, Elano, Júlio Baptista, Diego, Robinho e Afonso. Doni e Fernando usam Lotto, Josué e Alex Silva Puma e Vágner Love e Ânderson Adidas. Nove jogadores preferiram chuteiras na cor branca, oito escolheram pretas e três azuis.

12 de julho de 2007

Futebolísticas - Uma visão nada imparcial do esporte nacional

Copa América 2007
-Achei que Argentina x México seria uma partida bastante equilibrada. Não foi bem assim. No começo os mexicanos estavam em igualdade, e em durante toda a partida criaram algumas chances interessantes. É boa equipe. Contudo a Argentina foi bem superior. Achei que seria um jogão. Acertei. O onze argentino é muito, muito habilidoso. Tocam bem a pelota, criam e fazem. É bom vê-los atuar.
-Poderia ser 3x2, 1x0, mas o fato é que os hermanos fizeram três e não tomaram nenhum.
-Como em 2004, a final é o maior clássico -arrisco- mundial. E com todos os ingredientes que um jogo desses precisa: Brasil desacretitado e sem apresentar bom futebol; Argentina dando espetáculos e com aparente favoritismo. Eles querem revanche, nós ganhamos a última edição com o time "B" após empate nos acréscimos.
-Messi pode fazer seu segundo gol por cobertura. Doni que se cuide.
-Riquelme chegou ontem ao quinto gol na competição. Robinho tem seis. A final dirá o artilheiro da Copa América 2007. E o melhor jogador do torneio.
-A diferença que mais me emputece é a postura das equipes. Os argentinos estão jogando com alegria, com vontade. Entram em campo animados, com imenso prazer de servir à sua seleção. Já os brasileiros ficam apáticos, falta aquela gana de ser campeão. Talvez não dêem à seleção o valor que ela tem. Não quero ser demagogo, mas atuar pelo Brasil é representar nosso país, nossa gente. É a única com cinco copas do mundo, e daqui sairam muitos dos maiores jogadores da história. Deveriam pensar melhor na responsabilidade de vestir a amarelinha.

11 de julho de 2007

Futebolísticas - Uma visão nada imparcial do esporte nacional

Copa América 2007
-Brasil começou bem a partida. Movimentava-se, dava bons toques, tinha vontade de jogar. No bate rebate Maicon não descperdiçou. Mas o selecionado apagou-se junto com a torre de iluminação - com a diferença que esta acendeu de novo. A pressão deu lugar ao equilíbrio no decorrer da primeira etapa. O Uruguai empatou com Forlán; depois de falta cobrada pelo lateral direito o questionado Júlio Baptista colocou o Brasil na frente novamente. A etapa final começa chata, jogo monótono. Ficou sem graça até 24 min, quando Abreu igualou o placar. O onze canarinho até tinha maior posse de bola, todavia não transformava isso em oportunidade. Com 2x2, penalidades.
-Robinho bateu bem, esperou para ver qual lado Carini escolheria. Forlán avacalhou e recuou para Doni. Seguiram assim as cobranças: (o=marcou, x=perdeu) Juan-o; Scotti-o; Gilberto Silva-o; Gonzales-o; Afonso-x; Rodriguez-o; Diego-o; Abreu-o; Fernando-x; Garcia-x; Gilberto-o; Lugano-x. Brasil 5x4 Uruguai. E venha outra final.
-Forlán quase não tinha aparecido, mas a missão do atacante é marcar. Quando Doni rebateu mal ele estava ali para marcar. Recoba sentiu lesão e saiu no intervalo. Sorte nossa, bate muito bem na bola.
-Oscar Ruiz e auxiliar, amigos do nosso país. Doni deu cada avançada que foi uma avacalhação.
-Carini é bom goleiro.
-Gilberto Silva foi amarelado ontem e está fora da final. Provavelmente joga Elano.
-Vocês conhecem o Abreu?
-O Brasil teve postura ruim na maioria dos 90 min. Se tivesse jogado com a vontade demonstrada no início da partida podia ter ganho no tempo normal.
-Foi no sufoco. Que sirva de lição, o Brasil podia ir para cima e tentar resolver o jogo, contudo se acovardou e viu a celeste quase ficar com a vaga. Precisamos esperar até a 7ª cobrança para confirmar a clasificação.
-Durante o tempo normal não estava muito preocupado com o resultado. Porém no final, "puta merda" pensei, "essa porra vai pros pênaltis mesmo". E nos pênaltis, não tem como o cara não pular do sofá.

8 de julho de 2007

Futebolísticas - Uma visão nada imparcial do esporte nacional
Copa América 2007
-Mesmo com o apoio da fanática torcida, a Venezuela foi goleada pelo Uruguai por 4x1. Embora na primeira fase os donos da casa tenham apresentado melhor futebol, ontem a celeste confirmou ter um time superior. São nossos próximos adversários.
-Porque demorou tanto? Finalmente a seleção canarinho apresentou o que todos esperavam. Com um jogo alegre e objetivo, foi a primeira partida onde o onze brasileiro demonstrou vontade. Jogou solta, criando chances, indo para cima dos chilenos sem se amedrontar. O 6x1 dá moral e mostra que o Brasil está vivo na competição.
Até a defesa, apesar do golaço do Suazo, portou-se direitinho.
Valdívia no banco, não dá.
Robinho chegou a seis gols e é o artilheiro da Copa América. Vem jogando muito o garoto. Destaque ontem para Vágner, que fez o seu e movimentou-se bem.
Está certo, aos poucos o time se entrosa. Porém não justifica as atuações pífias da primeira fase. Estariam tentando enganar os adversários? Ou seria uma pegadinha com os torcedores brasileiros?
Deixemos de lado por esse instante os problemas do Chile.
-Noutra goleada, o México despachou o Paraguai com sonoro 6x0. O jogo praticamente comoçou com um gol -de pênalti aos 4 min- e um homem a mais para os mexicanos -o goleiro Bobadilla foi expulso. Paraguios desorganizados, mexicanos ligados; os gols sairam naturalmente.
-Primeiro tempo chato entre Argentina e Peru. Não parecia a Argentina que desfilou nos primeiros jogos. Contudo, no segundo bastou um minuto para Riquelme marcar, recebendo passe de Tevez - que havia acabado de entrar. Para não dar má impressão, e ficar fora das goleadas das quartas de final, os hermanos fizeram mais três. O 4x0 confirma a qualidade da melhor equipe da Copa América até agora. E a maestria de Riquelme.
-Teremos pois Brasil x Uruguai na terça e Argentina x México na quarta. Prometem ser jogões.

5 de julho de 2007

Futebolísticas - Uma visão nada imparcial do esporte nacional
Copa América 2007
- México e Chile fizeram um amistoso que classificou ambos. Ficaram no 0x0. Brasil ganhou com um pênalti meio capenga. Coitado do Equador, volta para casa com três derrotas. Que jogo ruim, uma merda mesmo. Até acho pode passar pelo Chile -adversário das quartas- mas tá feia a coisa.
- No grupo A só empates na última rodada. Peru 2x2 Bolívia; esta volta para casa, aquele segue. Venezuela 0x0 Uruguai, ambos continuam.

4 de julho de 2007

Uma perna a menos, jornalismo a mais

Para que alguém consiga o título de repórter do século, é preciso mais do que prêmios. Mais ainda quando se trata do século da televisão, do século da Revolução Russa, do século do rock n’roll, do século da guerra fria, do século das duas grandes guerras mundiais. O século XX ficou na história como referência cronológica para diversos acontecimentos. Conteúdo para o jornalismo não faltou. Para tanto, exemplos como o compromisso de José Hamilton Ribeiro com a abordagem envolvente e aprofundada dos fatos é fundamental para que a prática jornalística faça parte dessa mesma história. O livro Repórter do Século traz uma reunião de textos premiados escritos pelo jornalista que esteve no hospital ora para acompanhar os primeiros transplantes de órgãos no Brasil e retratar a situação alheia, ora para tratar-se depois de acidentalmente pisar em uma mina no Vietnã e transformar sua dor em palavras.
Acima de tudo, Repórter do Século desmistifica a máxima de que o jornalista deve se distanciar do acontecimento e ficar o mais próximo possível da imparcialidade. Para expor uma história em demasiados detalhes e ocupar, inclusive, as entrelinhas do papel, José Hamilton Ribeiro, antes, viveu todas as palavras que escreveu. A coletânea conta com sete reportagens que receberam o prêmio Esso de jornalismo e mais a reportagem sobre o Vietnã. A grande maioria delas foi publicada na revista Realidade, que na década de 60 foi a contribuição brasileira para o Novo Jornalismo (reformulação na prática jornalística iniciada nos Estados Unidos por nomes como Truman Capote, Gay Talese, Norman Mailer, etc. e vigorada nas décadas de 60 e 70).
A produção jornalística de José Hamilton Ribeiro possui ritmo e elementos que envolvem o leitor. Ele opta pela elaboração de perfis de personagens como pano de fundo para as histórias. O repórter do século trata de assuntos relacionados à medicina e à ciência com naturalidade, familiarizando o leitor. As informações trazidas nas reportagens podem ser levadas a essa perspectiva, visto que são assuntos já desatualizados e que ocasionalmente não interessam a um leitor comum que esteja a procura de entretenimento com a leitura.
O livro termina com as perguntas mais freqüentes a que José Hamilton Ribeiro responde. A mais curiosa tem uma resposta original e ágil. Ele diz: “Num programa de auditório no Rio, de tevê, me perguntaram, visto que continuei minha carreira no jornalismo, se era difícil ser repórter com uma perna só. Respondi: ‘É mais difícil do que com duas, mas é mais fácil do que com quatro’”.
Arielli Secco

2 de julho de 2007

Futebolísticas - Uma visão nada imparcial do esporte nacional
*Copa América 07
-Resultado enganador ontem em Maturin. O Brasil não jogou bem e contou com uma estrela para fazer os três gols. Até uns 15 min do primeiro tempo a seleção portou-se bem, depois o Chile se encaixou e dominou a partida, com defesa que anulava a maioria dos ataques brasileiros. Numa investida brasileira Vágner sofreu pênalti que Robinho converteu. Na etapa final Ânderson foi substituido por Júlio Baptista, e a movimentação no meio melhorou um pouco. Mesmo com passes errados e desordenado o Brasil conseguia alguns ataques. O Chile também, e Suazo poderia ter marcado se o auxiliar não marcasse impedimento - equivocadamente. Ainda teve outra grande chance, após dar 14 dribles dentro da área Suazo chutou mal e Juan salvou. Poderia ser o empate. Num jogo pouco criativo, Robinho fez a diferença.E deu os números finais. No segundo recebeu de Vágner Love e encobriu Bravo; no terceiro driblou dois e chutou no canto. Brasil 3x0 Chile.
-Maicon, substiuido por Daniel Alves após se machucar, dificilmente pega o Equador. Ocorreu-lhe uma luxação no ombro.
-Não gosto de bajulação, mas ontem realmente Robinho desequilibrou. Foi o diferencial a favor do Brasil, além da infelicidade das investidas chilenas. Valdívia fez boa partida, mas não jogou tudo que sabe.
-Contra o México Diego foi mal e substituiu-o Ânderson. Ontem Ânderson foi mal e Júlio Bapbista entrou. Caso vá mal a próxima opção de Dunga para o meio pode ser Élton.
-Doni não seria um bom costureiro.
-Sucedeu o embate Brasil x Chile México x Equador. Bom jogo. No primeiro tempo os mexicanos atacaram bastante e numa lambança da zaga equatoriana Castillo abriu o marcador. O Equador permaneceu pouco disposto a atacar. No segundo tempo, contudo, a postura foi completamente diferente. Reasco entrou e os equatorianos mostraram que também sabem ir para cima. Pressionaram o México, que se fechou e ficou no aguardo de erros do adversário, que se expunha bastante. O Equador teve diversas chances e merecia empatar, mas como diz o ditado "quem não faz leva". Blanco, que havia acabado de entrar, tocou para Bravo marcar. Desestabilizou o onze equatoriano, aquele momento muito melhor na partida. Ainda descontou com Méndez, mas ficou nisso. Uma pena, pois fez por merecer um empate o Equador.
-Sábado, pelo grupo A, Bolívia 0x1 Uruguai e Venezuela 2x0 Peru.
-O pré-jogo do Sportv foi muito bom. Maurício Noriega e PC Vasconcelos comentavam, enquanto Victorino Chermont e Marco Aurélio Souza traziam os detalhes do campo, expectativa de torcedores, todo clima da Copa América. Acho os comentários do Nori muito pertinentes. Nos programas do dia seguinte à partida, completa cobertura.
-Pretendia acompanhar o jogo na Band, mas o placar ocupaca quase um quarto da tela. Acabei no 39.
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