18 de setembro de 2006

Nunca entendi muito de política. Assim como quase todas as pessoas que conheço não gosto de falar do assunto, sou alheia ao que acontece e geralmente me sinto ignorante ao que se refere ao tema. E – vergonhosamente – admito ter preconceito com campanha eleitoral.
Este ano, entretanto, de alguma forma vi-me interessada nas eleições. Lembro que a primeira vez que votei, fiquei muito emocionada por poder exercer minha cidadania, senti o quão participativa da democracia seria naquele momento tão simplório da votação. E é essa sensação que tenho agora.
Na história do Brasil, aparecem em diversos momentos, personagens lutando pela possibilidade de votar. Basta pensar nos muitos casos de pensadores que foram violentamente agredidos e algumas vezes exilados em prol dessa busca pela liberdade de se expressar e participar da democracia, no período da ditadura militar.
Lutava-se incessantemente pelo direito de votar e nós brasileiros privilegiados que somos – ironicamente - distorcemos nossa visão. Não votamos pelo DIREITO de votar, e sim pelo DEVER. Reclamamos constantemente que estamos insatisfeitos com o que acontece no meio político, ao mesmo tempo em que nos colocamos de fora da situação. Concedemos aos poucos interessados no assunto o nosso direito de participar.
Sou contra a obrigatoriedade do voto, totalmente a favor do voto livre, espontâneo. Creio que nesse caso, pensaríamos melhor em quem votar. E dificultaria a manipulação daqueles que ainda compram votos. Mas já que, por enquanto, não temos opção, então que no dia 30 façamos de forma consciente e responsável. Assim, teremos feito nossa parte. Cabe aos eleitos fazer o quê se propuseram a fazer.

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