Acabou o Pan. Foram duas semanas de esportes, coisas engraçadas da nossa imprensa e muita bajulação - nunca vi tanta gente se orgulhando em ser brasileiro.
-Até que estava legal a cerimônia de encerramento. O Telefunka, banda mexicana que tocou, som interessante. Apresentação da Fernanda Abreu foi comédia. Não entrarei no ponto do funk carioca ser uma bosta,Vir pro encerramento cantar dizendo que ali estava a favela e não sei mais o que. Me mostra um morador de comunidade carente que assistiu um jogo do futebol feminino ou qualquer outro evento fechado. Tão achando que todo mundo pode pagar o ingresso baratinho dos estádios e ginásios? E os índios tocando, que piada. Tiraram toda terra dos ciotados, extraviaram sua cultura, ninguém dá a mínima para a questão indígena no Brasil. Mas põe eles para tocar no Pan.
-Orçamento dez vezes maior que o previsto, um monte de picaretagens no Cob, instalações que serão privatizadas, dinheiro do povo direto para o bueiro -ou pior, para bolsos alheios-, comunidades carentes cujas condições só pioram, todo mundo achando que o Rio está uma maravilha porque foi sede do Pan. Apesar de tudo isso quero fazer um texto sem problemáticas políticas, tratando apenas de esporte. Deixo essas questões para o http://brasil.indymedia.org/pt/green/2007/07/388805.shtml.
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-A partida final de futebol feminino foi boa, temos equipe de qualidade e ano que vem acredito no Ouro olímpico.
-Uma pena as meninas do vôlei terem perdido. Depois de Atenas, nova derrota em solo brasileiro. Sorte para elas no Grand Prix.
-Ouros para basquete e futsal. Espero que, este na copa e aquele nas olimpíadas, repitam o bom resultado.
-A delegação brasileira, composta por 659 atletas, angariou 161 medalhas. Foram 54 ouros, 40 pratas e 67 bronzes.
-São duas potências no Pan: Os Eua, que lideram jogos olímpicos sem dúvida sairiam daqui na liderança do quadro de medalhas. Cuba, como sempre, foi o segundo lugar. E Cuba, sem dúvida, é um exemplo. Seu trabalho de base não visa a formação de atletas, mas de cidadãos. O resto é consequência.
-Gostaria de ter algo mais a escrever, contudo não lembro muita coisa. Talvez numa próxima oportunidade.
-O oi de Mário Vazquez Raña foi impagável