Fila, claro. Mesmo saindo de casa uma e meia da tarde, nada como uma filinha indo para a ressacada. Normal, é assim em qualquer jogo do avaí, hoje contra a chapecoense só é um pouco pior. Final do estadual, lotação máxima no estádio, tudo que pede uma decisão. Após a liberação das duas pistas, três e meia, é possível ir além da segunda marcha e seguimos o percurso. (Para quem não mora em floripa, convém lembrar que "liberar a pista" significa que ninguém que vem do aeroporto pode seguir em direção ao centro). Em seguida, hora de estacionar o auto, cinco reais para parar num local que eu sinceramente até agora não descobri se é rua, terreno baldio, área pública... Para animar um pouco, uma moça deveras atraente com uma roupa igualmente atraente, oferece uma heineken, de graça. Pois o prezado leitor pode pensar que sou um tratante, mas é verdade, bem como é verdade que passamos reto e rindo, "ah, só se a cerveja fosse azul, verde não dá". Bando de otários, claro, percebemos que não era nenhuma zoação e voltamos quietinhos para pegar um copo com a cerveja estalando.
Ingresso para o setor f, ao lado do visitante, no qual nunca fomos. Vendo a fila, qualquer um pensaria "não pode ser tudo isso". Porém, perguntando um por um, descobrimos que é aquilo mesmo, uma enormidade que dá a volta em quase metade do estádio. Tudo bem, não fossem os inúmeros furões não levaríamos metade do tempo até entrar. Nessas horas que o cara pensa, em qualquer local civilizado as pessoas ficariam numa boa na fila e todo mundo entra. Mas, o brasileiro precisa fazer valer a máxima do "jeitinho". Enquanto o sol nos faz passar calor, alguém é detido pela polícia. Não entendo se jogou alguma coisa nos torcedores da chapecoense, o fato é que é levado - outro que discute com os pms tentando soltá-lo quase vai também.
Por sinal, policiamento não faltou. Acho que desde a revolta da catraca não via tantos; do grt, bope, canil, cavalaria. Não sei se tem outras prioridades, todavia acho que seria interessante que ficasse um policial - ou segurança do clube - a cada 15, 20 metros, organizando a fila. Facilitaria muito o acesso. Quase no portão, ouço de um garoto que a partida não só começão como está um a zero para os visitantes. O avaí precisa de vitória no tempo normal para forçar a prorrogação, visto que perdeu em chapecó por 3x1. Entrando, mais paciência para encontrar onde ficar, o estádio está completamente lotado e certamente foram vendidos mais ingressos do que a carga normal. Acabo exatamente atrás da trave, no patamar mais baixo - enfim, péssimo lugar. Bem, foda-se, o importante é torcer pela virada.
E ela vem, como nem os mais otimistas esperavam. Ainda no primeiro tempo, o empate, com evando, e a expulsão de marcus winícius, do avaí - no segundo willian amaral deixaria 10 contra 10. No começo do segundo, a virada, léo gago, e mais tarde o capitão marquinhos deixa seu tento. A torcida avaiana alterna momentos de cantoria com silêncios; a turma do oeste fez bonita festa, porém a esta altura era difícil acreditar que a taça sairia da ilha. Jogo tem todo tipo de figura, e o torcedor bêbado nunca falta. Se ter um ao lado pode ser chato, imagine três. Falam o tempo todo, outro chora. Ali, contudo todos são cúmplices - o rapaz que assistia enrolado numa bandeira é o amigo da hora, que abraço a cada gol - além dos que foram comigo e eventualmente alguém que passasse por ali.
Na prorrogação o placar torna ao 0x0. Que se torna três, novamente com marquinhos, lima e ferdinando. Ainda havia tempo para o goleiro edurdo martini chutar por cima do travessão o sétimo golo azurra, em cobrança de pênalti, após ser "indicado" pela torcida para o chute. 6x1 no final, todo mundo é amigo, grita "é campeão", após 11 anos a taça estadual volta ao sul da ilha. Foguetório, volta olímpica, a festa é maravilhosa. Saio do estádio apenas quando o policial nos pede, não sem antes espiar, do alto do estádio, os torcedores do oeste se preparando para a longa viagem de volta - tadinhas daquelas duas garotas tão bonitinhas, espero que pelo menos tenham curtido uma praia. Acho que não.
Chegando no carro, estômago já acalmado com o melhor churrasquinho de gato da cidade, mais meia hora de espera. Para ligar o carro. Sair do estacionamento, outra tarefa árdua, mas agora tudo é festa. Buzinasso no caminho de volta, vidros abertos, garganta que não pára de berrar. Engraçado, os outros carros voltam como se estivessem vindo da praia, cadê o agito? "é campeão porra!" faço todos escutarem. Alguns outros acompanham, também buzinam. A festa na beira-mar seria grande, mas após um lanche volvemos ao prédio. Com a certeza que a melhor festa estava consumada. 3+3=avaí campeão.
E ela vem, como nem os mais otimistas esperavam. Ainda no primeiro tempo, o empate, com evando, e a expulsão de marcus winícius, do avaí - no segundo willian amaral deixaria 10 contra 10. No começo do segundo, a virada, léo gago, e mais tarde o capitão marquinhos deixa seu tento. A torcida avaiana alterna momentos de cantoria com silêncios; a turma do oeste fez bonita festa, porém a esta altura era difícil acreditar que a taça sairia da ilha. Jogo tem todo tipo de figura, e o torcedor bêbado nunca falta. Se ter um ao lado pode ser chato, imagine três. Falam o tempo todo, outro chora. Ali, contudo todos são cúmplices - o rapaz que assistia enrolado numa bandeira é o amigo da hora, que abraço a cada gol - além dos que foram comigo e eventualmente alguém que passasse por ali.
Na prorrogação o placar torna ao 0x0. Que se torna três, novamente com marquinhos, lima e ferdinando. Ainda havia tempo para o goleiro edurdo martini chutar por cima do travessão o sétimo golo azurra, em cobrança de pênalti, após ser "indicado" pela torcida para o chute. 6x1 no final, todo mundo é amigo, grita "é campeão", após 11 anos a taça estadual volta ao sul da ilha. Foguetório, volta olímpica, a festa é maravilhosa. Saio do estádio apenas quando o policial nos pede, não sem antes espiar, do alto do estádio, os torcedores do oeste se preparando para a longa viagem de volta - tadinhas daquelas duas garotas tão bonitinhas, espero que pelo menos tenham curtido uma praia. Acho que não.
Chegando no carro, estômago já acalmado com o melhor churrasquinho de gato da cidade, mais meia hora de espera. Para ligar o carro. Sair do estacionamento, outra tarefa árdua, mas agora tudo é festa. Buzinasso no caminho de volta, vidros abertos, garganta que não pára de berrar. Engraçado, os outros carros voltam como se estivessem vindo da praia, cadê o agito? "é campeão porra!" faço todos escutarem. Alguns outros acompanham, também buzinam. A festa na beira-mar seria grande, mas após um lanche volvemos ao prédio. Com a certeza que a melhor festa estava consumada. 3+3=avaí campeão.
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