2 de abril de 2008

crônica jornaleira

Qualquer um que vá a uma banca hoje em dia terá uma infinidade de jornais à disposição. Os de fora já vieram mais para cá. Hoje, quiçá pelo enfraquecimento enfrentado por tal meio, não são mais vistos – caso dos jornais do Rio, O Globo e Jornal do Brasil.

De qualquer forma, temos aqui opções deveras distintas: Os “tradicionais” são o Diário Catarinense e A Notícia. Este, até pouco tempo, era a única voz alternativa à RBS (conglomerado midiático que manda nos estados de SC e RS), era um bom jornal. Todavia, no último ano, as sucessivas investidas dos gaúchos surtiram efeito, e o periódico foi incorporado. No começo nada mudou, porém é natural que suaves mudanças aos poucos afetem sua linha editorial.

Com a maior tiragem do estado, o Diário cumpre seu papel de jornalão local. Sem muitas denúncias, uma reportagemzinha aqui, outra coluna ali. Até que serve para saber o que está acontecendo. Surgiu em 2006 o Notícias do Dia, primeiro jornal “popular” da cidade de Florianópolis. Sua aceitação foi boa, o preço de R$ 0,50 era chamativo e o DC sentiu o baque. Pouco tempo depois apareceu o Hora de Santa Catarina, concorrente lançado pela RBS que, além de custar a metade do Notícias, dava jogos de panelas. No viés do escracho vem o Diarinho, que publica tudo como comédia. As manchetes dispensam comentários: “esposa pega marido com outra na saída do fodódromo”. Impossível não falar no tradicionalíssimo O Estado. Seu fim, com mais de 80 anos, levou boa parte da graça de ler jornal em Florianópolis.
Em cidades grandes, como São Paulo, o cenário é diferente. Uma banca simples, na rua, oferece mais jornais do que se possa imaginar. Uma infinidade de títulos, cores, idiomas. É possível comprar a edição latina do Granma, por exemplo, ou o Corriere della Sera. Claro, os preços não são muito atrativos, mas sem dúvida é bom poder ler notícias do outro lado do mundo compradas na banca da Teodoro Sampaio.
Muitos acreditam que o jornal está fadado ao fracasso, que a internet irá derrubá-lo, etc. Sempre surgem comentários desse tipo, mas o cinema não acabou, o rádio não acabou, a televisão não acabou. Eles mudam, adaptam-se, acompanham a evolução das comunicações. O fato é que o bom e velho jornal está aí, na banca ao lado da sua casa, pronto para quem quiser vê-lo. Então. Que tal aproveitar que o texto acabou e dar uma olhada nas manchetes do dia?

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