15 de junho de 2008

Cadê os premiados?

Entrega de prêmios no FAM é marcada pela ausência dos ganhadores

Sexta-feira 13. Para muitos dia de sorte, outros azar. Para os amantes da sétima arte, contudo, era dia de presenciar o encerramento do Florianópolis Audiovisual Mercosul 2008. A sessão começou às 19h, com a exibição do longa “Corpo”, de Rossana Foglia e Rubens Rewald. Após o filme, o teatro Ademir Rosa enche-se para a entrega das premiações das películas participantes da mostra competitiva.

Pouco antes dos vencedores serem anunciados, os estudantes de cinema João Abreu Dias e André da Silva ressaltavam os aspectos importantes do festival: “É um dos poucos festivais que promove fóruns de discussão de políticas culturais e têm mostras competitivas de filmes com produção nacional e alternativos”. João, além de exaltar o público presente, lembra outro aspecto : “Estamos numa cidade muito carente de cultura, e que ao mesmo tempo tem dois cursos de cinema. Os movimentos sobre esse tema são por vezes irrelevantes”. Também elogiou a escolha do local, “é utilizado um espaço que normalmente não exibe filmes e lembra os cinemas antigos”.

Os estudantes discutiam e palpitavam sobre os prováveis vencedores. “Acho que ‘Café com Leite’ leva o melhor curta, ou ‘Espalhadas pelo Ar’” arriscou João. Quem levou o prêmio, contudo, foi “Satori Uso”. Na mostra de vídeos o grande vencedor foi o argentino “Al Doblarl a Esquina”, que ficou com os troféus de melhor vídeo, roteiro, edição e ator. Outro merecedor de destaque foi o catarinense “Saiu na TV”, que ganhou em seis categorias, incluindo melhor vi deo escolhido pelo júri popular. elhor vndo X categorias.
foi o catarinense festival de festival ricos

Porém no decorrer da entrega, o que se viu foi um festival de “eu não sou fulano”. Dos quase quarenta prêmios entregues, menos de dez foram recebidos pelos premiados de fato. “Eu não sou o Bernardo, ele foi não sei aonde e fui o assistente de direção” era uma das frases mais ditas. Houve prêmios órfãos, os quais ninguém da equipe de produção se encontrava no teatro. João sugeriu que fossem receber algum desses, após o mestre de cerimônia perguntar se “havia alguém do filme” na platéia. À platéia ficou a dúvida: seré que era tão difícil comparecer ou não estão dando a devida importância ao FAM? Ou o FAM não é tão importande assim?

Mesmo com o final da premiação, o teatro permaneceu lotado. Às nove da noite foi rodada a última película do FAM 2008, “Chega de Saudade”. Da mesma cineasta que em 2001 trouxe à Floripa “Bicho de Sete Cabeças”, Laís Bodansky apresentou ontem uma história que se passa em apenas uma noite, num salão de dança no subúrbio paulistano. Além de grande elenco - Tônia Carrero, Betty Faria, Cássia Kiss, Stepan Nercessian, Paulo Vilhena e Maria Flor - participam cantando na gafieira Elza Soares e Markus Riba.

Foi um encerramento de gala ao festival que, há 12 anos, movimenta a cena cinematográfica de Florianópolis. Mas, no ano que vem, seria bom termos as presenças dos premiados.

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