11 de março de 2008

Brincando de editoriais

Durante uma aula de redação, sugeriu-se a produção de editoriais opostos sobre um mesmo assunto, brincando de "faz de conta que você tomou o partido da revista x". Segue o resultado:



Editorial 1 - brincando de criar uma revista reacionária, a OLHE.

EDITORIAL

O fato ocorrido na última semana não é novidade. Em tempo, não se trata aqui do imbróglio fronteiriço entre Colômbia e Equador. Trata-se da intromissão do falastrão presidente venezuelano, Hugo Chávez. Mais uma vez, essa peculiar figura conseguiu chamar a atenção do mundo para suas ações.
No dia 1º de março, com informações privilegiadas, o exército colombiano atacou um grupo de guerrilheiros das Farc. Muito se reclama que o Estado brasileiro nada faz para conter o avanço do crime organizado. Pois foi isso que Álvaro Uribe fez, atacou os terroristas que abastecem todo comércio de cocaína na América do Sul. Conseguiu impedir que 16 terroristas, - incluindo o seu segundo homem, Raul Reyes – continuassem agindo.
O problema é que, no momento do ataque, os membros das Farc estavam em território Equatoriano – do mascote de Chávez, Rafael Correa. O presidente venezuelano então resolveu tirar algum proveito da ocasião que, se não fosse por ele, não passaria disso. Fechou a embaixada colombiana e mandou seu exército para a fronteira.
Toda a polêmica foi causada por (mais) uma ação impensada do presidente venezuelano. Como a maioria dos acontecimentos do nosso continente, foi muita fumaça para pouco fogo. Na última sexta-feira, na República Dominicana, os três deram as mãos e foram tomar uma cervejinha. Tudo muito natural, como é típico à América Latina.
Pedro



Editorial 2 – brincando de Carta Capital.

Enquanto isso, além dos muy amigos...

O mundo assistiu, durante a semana passada, a sucessivos episódios de tensão entre as fronteiras dos maiores países sul americanos. O assassinato do líder das Farc, Raúl Reyes, foi o princípio de uma nuvem de poeira que sufocou a diplomacia latino-americana. O ataque em território Equatoriano, levado a cabo pelas forças do governo da Colômbia, contou com o auxílio da CIA e violou a legislação internacional de território. As ações resultaram, ainda, num somatório de 22 cadáveres das Farc, além de três guerrilheiras feridas por estilhaços de bombas.
É perfeitamente compreensível que Rafael Correa admitisse o ocorrido como violação de território diante desta ação inesperada, rompendo as relações diplomáticas entre Equador e Colômbia. Por sua vez, Álvaro Uribe alegou legítima defesa a todo instante, além de iniciar uma série de acusações de que a Venezuela e o Equador tenham ligações com as guerrilhas. Mas o holofote dirige-se, por ora, à manifestação de Bush júnior. O articulador de conflitos emblemáticos, como o decorrente no Oriente Médio, declarou apoio à Colômbia. Mais: a secretária de estado Condoleezza Rice afirmou que a Colômbia "é um amigo e aliado muito bom" dos EUA e que Washington "luta duramente" para conseguir que o Congresso americano ratifique o tratado de livre-comércio com o país latino.
Agora que se fez selada a paz - ainda que entre notáveis sorrisos amarelos durante o aperto de mãos entre os presidentes Rafael e Uribe -, a questão que se instaura é a tendência de que a Colômbia adote a postura de Bush júnior, agindo como um instrumento expancionista e belicista dos EUA. Fogo amigo entre muy amigos.
Arielli Secco





Fica aos leitores - tores - tores - ores [tem alguém aí? aí - aí - aí........] a tarefa de tirarem suas próprias conclusões...

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