30 de março de 2008

28 de março de 2008

-Caiu
-o que
-a bolinha
-que bolinha
-do meu piercing, do queixo - mostrando o furo
Ficamos a procurar no chão de cimento a bolinha prateada de um milímetro de espessura. Todos muito concentrados. Sou bom em encontrar coisas. Daqui a pouco ela vira e diz:
-O fretado!
-ahn?
Olho o ônibuis que há cinco segundos estava parado na nossa frente dando a ré, já saindo do estacionamento.
-Corre
Os ônibus que atrás iam buzinam, acendem luz alta. Tenho certeza que alcanço ele na corrida, o all-star faz força para não se desmanchar no meu pé. Ele pára. Entro, as sapatilhas rosas logo depois. Vamos para o último banco.
-Perder o piercing e o fretado era demais.

26 de março de 2008

Ilustrada


BsAs.

24 de março de 2008

Acordei com fome. Com muita fome, às cinco da matina. Não tinha muita coisa em casa, um resto de bolo, copos de leite. E agora, dormir de novo, sabendo que tenho que levantar em uma hora; ficar acordado fazendo nada. Não dá para ligar o som, acordaria os vizinhos. Não estou animado para ler, na verdade dormiria na quarta página do minha razão de viver. Acho que estou com sono, além da fome. Não importa, daqui a pouco o fretado passa. Com ou sem fome.

14 de março de 2008

12 de março de 2008

Já que falei da página do Nassif, um bom exemplo do que lá se encontra.
O modelo Veja de reportagem
Antes de análises de caso, vamos a uma pequena explicação sobre como é esse modelo Veja de reportagem.

1. Levantam-se alguns dados verdadeiros, mas irrelevantes ou que nada tenham a ver com o contexto da denúncia, mas que passem a sensação de que o jornalista acompanhou em detalhes o episódio narrado.
2. Depois juntam-se os pontos, cria-se um roteiro de filme, muitas vezes totalmente inverossímil, mas calçado nos fatos supostamente verdadeiros.
3. Para “esquentar” a matéria ou se inventam frases que não foram pronunciadas ou se tiram frases do contexto ou se confere tratamento de escândalo a fatos banais. Tudo temperado por forte dose de adjetivação.

link

Página do jornalista Luís Nassif, http://www.projetobr.com.br/web/blog/4. Bons comentários, principalmente sobre a revista Olhe.

11 de março de 2008

Brincando (mais um pouco) com os editoriais

Bom, devido ao fato de eu ter chegado atrasado à aula (o que não é nenhuma novidade), acabei sendo obrigado a fazer o mesmo exercício sozinho. Portanto, precisei escrever dois textos sobre o mesmo tema, mas com uma visões opostas. Ao leitor fica o recado: sempre duvide de tudo o que você encontrar pela frente. O dinheiro (e as notas na faculdade) faz coisas, inclusive mudar a opinião das pessoas.

Se houver mais de 10 comentários aqui até o fim da semana, discutindo qual é a minha verdadeira posição, revelo o que penso a respeito dos temas.


Ainda somos grandes?


O conflito entre Colômbia, Equador e Venezuela suscita uma dúvida em todos: somos realmente o maior país da América Latina? Bom, nos últimos 10 anos, essa posição só é válida se levarmos em conta a extensão territorial das terras tupiniquins. Com o surgimento de políticos populistas como Hugo Chávez e Evo Morales e o aumento da sua influência na política do continente, há muito que a terra em que se plantando, tudo dá, perdeu sua posição diante dos países vizinhos.

A liberação de pessoas seqüestradas pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) - totalmente financiada pelo tráfico de armas e drogas – foi totalmente conduzida pelo, no mínimo, excêntrico presidente venezuelano Chávez. O Brasil, por sua vez, se limitou apenas a acompanhar o caso de longe, sem qualquer tipo de interferência direta.

Algo parecido ocorreu quando o Evo Morales nacionalizou completamente a produção de petróleo e derivados, no território boliviano. O Brasil levou, sozinho, um prejuízo de bilhões de dólares, não só devido à perda dos investimentos da Petrobras, como também do fato de que o preço do gás natural, principal produto importado por nós, teve um aumento que fez muitos desistirem de usar essa fonte de energia.

Está na hora do governo brasileiro acordar. O presidente Lula precisa deixar de lado as suas relações com a “camaradagem” e se impor ante a todas as “republiquetas de bananas”, mostrando algum tipo de autoridade, se é que isso ainda é possível. Precisamos ser - se é que um dia fomos – o maior país da América Latina.


A diplomacia acima de tudo


A peleja iniciada pela Colômbia, que envolveu também o Equador e a Venezuela, e o desfecho que parece se encaminhar deveria encher-nos de orgulho. Novamente, a política externa implantada pelo governo Lula, cujo norte é o debate e não a guerra, ajudou que os três países buscassem uma solução diplomática para o assunto. O mesmo ocorreu quando da discussão sobre o fechamento do maior canal de TV da Venezuela.

Naquele momento, o presidente Hugo Chávez decidiu não renovar a concessão de uma emissora de televisão. Algo completamente natural, visto que, no Brasil, a lei também prevê que o presidente pode revogar o direito de transmissão de qualquer empresa de radioteledifusão. Chávez apenas cumpriu seu papel de presidente daquele país.

Render-se a política agressiva pretendida por Washington é, no caso da invasão colombiana, dar um tiro no pé. É claro que, mesmo com a justificativa de que tentava combater o tráfico de drogas, a Colômbia jamais poderia ter interferido em território equatoriano. Entretanto, como diz o jargão, violência gera violência. Os dois países envolvidos na discussão têm populações repletas de miseráveis. Uma guerra neste momento só iria piorar a situação de milhares de famílias.

Ao promover o debate e não a luta armada, o Brasil se fixou como um dos grandes países da América, mostrando-se um verdadeiro líder, no que concerne à questões como a paz mundial. Tal ato de nosso governo deveria ser premiado com a tão sonhada cadeira efetiva no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Nossos aplausos ao presidente e ao Ministério das Relações Públicas.

Brincando de editoriais

Durante uma aula de redação, sugeriu-se a produção de editoriais opostos sobre um mesmo assunto, brincando de "faz de conta que você tomou o partido da revista x". Segue o resultado:



Editorial 1 - brincando de criar uma revista reacionária, a OLHE.

EDITORIAL

O fato ocorrido na última semana não é novidade. Em tempo, não se trata aqui do imbróglio fronteiriço entre Colômbia e Equador. Trata-se da intromissão do falastrão presidente venezuelano, Hugo Chávez. Mais uma vez, essa peculiar figura conseguiu chamar a atenção do mundo para suas ações.
No dia 1º de março, com informações privilegiadas, o exército colombiano atacou um grupo de guerrilheiros das Farc. Muito se reclama que o Estado brasileiro nada faz para conter o avanço do crime organizado. Pois foi isso que Álvaro Uribe fez, atacou os terroristas que abastecem todo comércio de cocaína na América do Sul. Conseguiu impedir que 16 terroristas, - incluindo o seu segundo homem, Raul Reyes – continuassem agindo.
O problema é que, no momento do ataque, os membros das Farc estavam em território Equatoriano – do mascote de Chávez, Rafael Correa. O presidente venezuelano então resolveu tirar algum proveito da ocasião que, se não fosse por ele, não passaria disso. Fechou a embaixada colombiana e mandou seu exército para a fronteira.
Toda a polêmica foi causada por (mais) uma ação impensada do presidente venezuelano. Como a maioria dos acontecimentos do nosso continente, foi muita fumaça para pouco fogo. Na última sexta-feira, na República Dominicana, os três deram as mãos e foram tomar uma cervejinha. Tudo muito natural, como é típico à América Latina.
Pedro



Editorial 2 – brincando de Carta Capital.

Enquanto isso, além dos muy amigos...

O mundo assistiu, durante a semana passada, a sucessivos episódios de tensão entre as fronteiras dos maiores países sul americanos. O assassinato do líder das Farc, Raúl Reyes, foi o princípio de uma nuvem de poeira que sufocou a diplomacia latino-americana. O ataque em território Equatoriano, levado a cabo pelas forças do governo da Colômbia, contou com o auxílio da CIA e violou a legislação internacional de território. As ações resultaram, ainda, num somatório de 22 cadáveres das Farc, além de três guerrilheiras feridas por estilhaços de bombas.
É perfeitamente compreensível que Rafael Correa admitisse o ocorrido como violação de território diante desta ação inesperada, rompendo as relações diplomáticas entre Equador e Colômbia. Por sua vez, Álvaro Uribe alegou legítima defesa a todo instante, além de iniciar uma série de acusações de que a Venezuela e o Equador tenham ligações com as guerrilhas. Mas o holofote dirige-se, por ora, à manifestação de Bush júnior. O articulador de conflitos emblemáticos, como o decorrente no Oriente Médio, declarou apoio à Colômbia. Mais: a secretária de estado Condoleezza Rice afirmou que a Colômbia "é um amigo e aliado muito bom" dos EUA e que Washington "luta duramente" para conseguir que o Congresso americano ratifique o tratado de livre-comércio com o país latino.
Agora que se fez selada a paz - ainda que entre notáveis sorrisos amarelos durante o aperto de mãos entre os presidentes Rafael e Uribe -, a questão que se instaura é a tendência de que a Colômbia adote a postura de Bush júnior, agindo como um instrumento expancionista e belicista dos EUA. Fogo amigo entre muy amigos.
Arielli Secco





Fica aos leitores - tores - tores - ores [tem alguém aí? aí - aí - aí........] a tarefa de tirarem suas próprias conclusões...
Tirado do Observatório da Imprensa
No seleto jornal Valor Econômico (19/2/2008), constava a seguinte matéria: "Carteiras que estavam pouco concentradas se destacaram". Eis que, na terceira linha do segundo parágrafo, lê-se a seguinte frase: "Acontece que o índice despirocou por conta da forte alta de dois papéis /.../". Como? Sim, exatamente essa é a redação. Quem o escreveu não se sabe, pois a matéria não está assinada. Todavia, o aval do editor foi dado, seja por haver lido, seja por haver ignorado. Nas duas opções, não há como saber qual delas mais depõe contra o editor. A questão é: por que optar pelo grosseiro vocábulo ("despirocou"), em lugar de "desequilibrou", "enlouqueceu", "ensandeceu"? E mais: esse jargão em texto de análise econômica, num jornal destinado a um público-receptor mais exigente? É de estarrecer
Eita profissão legal...

5 de março de 2008

Mais uma...

Mais uma vitória do Palestra. Sim, era obrigação ganhar de um time de segunda divisão. Porém, ser a quarta seguida dá um gosto especial. Massimo Divino informou no seu blog dados interessantes: na última vez que os sem-estádio marcaram um gol no verdão, lula era reeleito; o caos aéreo era novidade; os aspirantes estavam na quarta fase.
A última vitória deles foi em outubro de 2006, pelo brasileiro. Faz tempo... A mídia inteira já falou - e olha que a maioria é timinho - porém repetirei aqui. Últimos quatro clássicos: 3x0, 0x1, 1x0, 0x1. Pena que o próximo é só em 2009, no paulista. Então... Até lá!

4 de março de 2008

nota de indignação

Apenas para lembrar a capa da revista veja de semana passada. Que a revista é um lixo, eu já sabia. Porém, conseguiu me irritar mais uma vez, com uma imagem do presidente Fidel Castro com o título "já vai tarde", e um subtítulo que nem me interessa lembrar, porém era alguma imbecilidade do gênero.
Sabem eles alguma coisa sobre o processo histórico da Ilha? Os editores, aposto que sim. Mas os repórteres que entram lá, duvido. Une-os o ódio pelo sistema socialista lá vigente, acho. E o medo que aqui aconteça algo parecido, afinal vivemos sob uma "ameaça vermelha" (a veja gosta desses termos - e acha que a guerra fria não acabou).
Não é a toa que são a primeira voz a se manifestar contra qualquer movimento social. Estudantes da USP, tudo baderneiro. MST, um bando de terroristas. Uma redação assim devia ir toda pro paredão, um por um. Fica aqui o protesto do AJ.
ps. Revistinha de merda, tem mais é que se fuder (não deu para segurar)
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