24 de agosto de 2007

Essa semana estava numa sala de espera, acabei pegando uma veja. Era meio velha, era desse ano. Comecei a leitura pelo final da revista. Tinha uma matéria de peixes abissais, interessnate. Também um "guia" de águas minerais. Até aí tudo bem, mas quando chegaram as primeiras páginas... Primeiro um artigo, tratava da ocupação da USP pelos universitários. Escrito por um, acho que era economista, sei lá. Posso estar enganado, contudo se bem me lembro jornalista não era não. Enfim, o artigo era uma bosta, só que artigo é assim mesmo, a opinião do cara.
Virando a página, a pérola. Uma matéria - pelo menos pretendia ser - sobre a ocupação. Não era assinada. Gostaria de tê-la em mãos, garanto que era bem engraçada. Ri na sala de espera. Tem coisas que só veja faz por você. Dizia que os estudantes não tinham direito de protestar. Que a USP é de São Paulo, aquilo era uma agressão. Comparava-os a traficantes, completando com uma legenda "até a polícia apanhou". Acho que esse repórter não foi até o local. Ainda mencionava que ajudavam os uspianos "um tal de Mab" (sic) e o MST. Claro, todos patrocinados pela União Soviética com a intenção de instalar o socialismo no Brasil. Os adjetivos, sem comentários, toda linha comunistas-anacrônicos-baderneiros-rebeldes sem causa. Só faltou falar que o cabeça da ação foi o presidente Fidel Castro, patrocinando tudo com os tais dólares cubanos.
Hoje, na hora do almoço, assistia o jornal do almoço. Passa uma matéria sobre a ocupação da reitoria da Ufsc, em seguida o comentário do Luis Carlos Prates. Puta merda, não sei como dão espaço pra isso, nem jornalista esse sujeito deve ser. Primeiro deu todo discurso reacionário pré-fabricado inerente à sua turma (um absurdo, todas as medidas precisam ser tomadas para acabar com isso, desordeiros, etc). Fechou o comentário dizendo que "estudante só tem um direito: estudar. O resto é dever". Não concordar cò ato, até vai. Porém soltar uma dessa, francamente. O cara não deve ter noção da função que ocupa, que imprensa não é para falar a merda que bem entender e fica por isso mesmo. Mas o pior é que no fim fica mesmo.

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