O sol nos esquenta aos poucos. Deitados na grama, abraçados, ela esfrega o cabelo em meu rosto. Unidos pelas mãos e pelo fone do ipod, aguardamos como se a qualquer momento fosse algo de diferente acontecer. O óculos de armação enorme jogado ao lado das mochilas, ao lado da garrafa d’água, ao lado do isqueiro, ao lado dos tênis.
Se chovesse agora ela não gostaria de estar com esta blusa, penso. É branca e fina, quase dá para ver as tatuagens sob ela. O piercing, não. Do leve aclive onde estamos pode-se ver todo o movimento da universidade, o vaivém nas lanchonetes. Está quase na hora do intervalo e com certeza minha professora ocupará uns 10 minutos dele para terminar de esculhambar todas as notas ruins da sala. Foda-se, eu fui bem, não ficaria lá perdendo tempo. Ela só tem as duas últimas, e com certeza chegará uns 10 minutos atrasada.
Abre a bolsa, tira a caixinha de palheiros comprada em bh. Acende um, o cheiro da fumaça misturada com seu seu perfume.
- Vou pegar um café
- Também quero
Calço o pony azul cano alto com a dificuldade de sempre, arrumo o wayfarer e desço em direção à praça de alimentação. Sempre as mesmas pessoas, gosto daqui. Caminho lentamente entre as mesas, cumprimento os conhecidos, confirmo que não perdi nada saindo mais cedo da aula. Peço os expressos na xícara mesmo, no copo sempre acabo derramando. Volto equilibrando-as com um brigadeiro de colher, ela sempre gosta. Mistura metade com o café e come o resto.
- Demorou...
- Está cheio, intervalo
- Oba, brigadeiro de colher
Sempre fala isso. Me dá um beijo e diverte-se preparando sua receita. Sento, como uma colherada e bebo meu puro.
- Essa aula é muito chata, mas eu não posso faltar mais, e tem prova semana que vem.
- Também vou entrar agora, de certo ela passará algum trabalho e ficaremos até depois de meio dia.
- Te espero no corredor
- Não quer entrar, ela não liga
- Ah, tem muita gente nessa aula, fico com vergonha, fico no banco te esperando. Vamos no cinema hoje?
Se chovesse agora ela não gostaria de estar com esta blusa, penso. É branca e fina, quase dá para ver as tatuagens sob ela. O piercing, não. Do leve aclive onde estamos pode-se ver todo o movimento da universidade, o vaivém nas lanchonetes. Está quase na hora do intervalo e com certeza minha professora ocupará uns 10 minutos dele para terminar de esculhambar todas as notas ruins da sala. Foda-se, eu fui bem, não ficaria lá perdendo tempo. Ela só tem as duas últimas, e com certeza chegará uns 10 minutos atrasada.
Abre a bolsa, tira a caixinha de palheiros comprada em bh. Acende um, o cheiro da fumaça misturada com seu seu perfume.
- Vou pegar um café
- Também quero
Calço o pony azul cano alto com a dificuldade de sempre, arrumo o wayfarer e desço em direção à praça de alimentação. Sempre as mesmas pessoas, gosto daqui. Caminho lentamente entre as mesas, cumprimento os conhecidos, confirmo que não perdi nada saindo mais cedo da aula. Peço os expressos na xícara mesmo, no copo sempre acabo derramando. Volto equilibrando-as com um brigadeiro de colher, ela sempre gosta. Mistura metade com o café e come o resto.
- Demorou...
- Está cheio, intervalo
- Oba, brigadeiro de colher
Sempre fala isso. Me dá um beijo e diverte-se preparando sua receita. Sento, como uma colherada e bebo meu puro.
- Essa aula é muito chata, mas eu não posso faltar mais, e tem prova semana que vem.
- Também vou entrar agora, de certo ela passará algum trabalho e ficaremos até depois de meio dia.
- Te espero no corredor
- Não quer entrar, ela não liga
- Ah, tem muita gente nessa aula, fico com vergonha, fico no banco te esperando. Vamos no cinema hoje?
2 comentários:
bonito texto.
Prometo sempre passar aqui!
Achei o que eu queria!
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